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 | Brunno Covello/ Gazeta do Povo
| Foto: Brunno Covello/ Gazeta do Povo

A Rede Integrada de Trans­­porte (RIT), que engloba Curitiba e 13 municípios da região metropolitana, vai ganhar um aporte de R$ 40 milhões do governo estadual, além da isenção do ICMS que incide sobre o óleo diesel da frota de ônibus. O valor foi anunciado pelo governador Beto Richa (PSDB) ontem, durante a assinatura de um termo de cooperação entre o governo e a Klabin, empresa de celulose e papel instalada no interior.

Richa confirmou que repassará o subsídio após o secretário estadual de De­­senvolvimento Urbano, Rati­­nho Júnior (PSC), dar entrevista dizendo que haveria um repasse estadual de R$ 32 milhões para manter o transporte público da Grande Curitiba. "Fui pego de surpresa com o anúncio dele [Ratinho]. O anúncio quem vai fazer sou eu e até sábado", disse.

As negociações entre governo e prefeitura de Curitiba ganharam agilidade nesta semana, quando venceu o prazo do convênio que concedeu R$ 64 milhões de subsídio no último ano e permitia que a Urbanização de Curitiba S/A (Urbs) operasse o sistema fora da capital. Ontem, a Urbs recebeu uma proposta de prorrogação do convênio, elaborada pela Coordenação da Região Metropolitana (Comec), e a expectativa é que um acordo seja fechado em breve.

A intenção de Richa é fazer o anúncio antes de uma via­­gem para a Europa, onde passará por Rússia, Croácia e França, entre os dias 12 e 24 de maio. "Até sábado que­­ro ter concretizado esse assun­­to e garantir cerca de R$ 40 mi­­­­­­­­­­­lhões a mais. Já temos R$ 23 milhões com a isenção do óleo diesel. Com mais esse benefício, vão somar cerca de R$ 63 milhões em subsídios", declarou.

O governador ainda reforçou que espera que os benefícios da ajuda financeira sejam repassados aos usuários do transporte coletivo e não aos empresários do setor. Segundo ele, as cidades de Londrina, Ponta Grossa, Guarapuava e Foz do Iguaçu já sinalizaram que vão baixar o preço da passagem de ônibus.

Déficit continua

Mesmo com essa nova ajuda financeira, o sistema continua a operar no vermelho. Segundo a Urbs, o déficit anual é de R$ 80,8 milhões e as estimativas internas são de que a isenção de ICMS gere uma economia mensal de R$ 700 mil na rede (R$ 8,4 milhões por ano), valor inferior ao previsto pelo governo estadual.

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