Manifestações também terminam em confusão em SP, Rio, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre
Os protestos que reuniram cerca de 250 mil pessoas em todo o Brasil nesta segunda-feira (17) terminaram em confusão em outras capitais do Brasil.
Um dos casos mais graves aconteceu no Rio de Janeiro, onde um grupo tentaram invadir a Assembleia Legislativa do estado. Depredações foram registradas e policiais ficaram feridos.
Em São Paulo, um grupo menor tentou invadir o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, e teve que ser contido pela Polícia Militar.
Já em Belo Horizonte houve confronto entre manifestantes e a polícia nas imediações do estádio Mineirão, que havia sediado o jogo Taiti e Nigéria, pela Copa das Confederações.
Na capital federal, o protesto terminou no Congresso Nacional, que teve a rampa e o teto invadidos durante a manifestação. Alguns dos manifestantes tentaram invadir o prédio e foram contidos pela polícia. A capital gaúcha também registrou confronto entre a Brigada Militar e os integrantes do protesto.
O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), disse nesta terça-feira (18) que a tentativa de invasão do Palácio Iguaçu, ocorrida ao final da manifestação que reuniu cerca de dez mil pessoas na noite de segunda-feira (17), em Curitiba, foi feita por um grupo de "baderneiros" que o fizeram com "fins políticos".
"Pouco mais de 200 manifestantes, baderneiros com motivação política, tentaram quebrar o Palácio Iguaçu. Quebraram o portão, picharam as paredes e também quebraram algumas vidraças. Os próprios manifestantes, pessoas de bem, repudiaram a atitude desses baderneiros. Tanto é verdade que foram repudiados que os próprios manifestantes começaram a limpar as paredes externas", disse o governador, que ressaltou que a manifestação é um direito.
VÍDEO: veja o momento em que o grupo de manifestantes tenta invadir o Palácio Iguaçu
Assista ao vídeo com a manifestação em Curitiba
Veja fotos do protesto em Curitiba
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"Lamentavelmente, no final de um longo percurso desses manifestantes, baderneiros, não tenho dúvida alguma que com fins políticos, tentando invadir o Palácio Iguaçu, depredar o patrimônio que é dos paranaenses. A partir da hora que estão partindo para a violência, quebraram a ordem pública e começam a depredar um patrimônio, aí a policia reagiu, mas mesmo assim com todo o cuidado no uso da força", completou.
Richa deu entrevista nesta manhã ao lado dos comandantes das forças de segurança do estado. O governo informou que está investigando cerca de 40 manifestantes que cometeram atos infracionais durante o protesto. De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Vinicius Michelotto, um trabalho de inteligência está sendo conduzido para identificar estas pessoas e não está descartada a possibilidade de que eles sofram algum tipo de penalidade.
"Os indícios são muito grandes que já uma vinculação política de oposição para prejudicar o governo", disse. O comandante da Polícia Civil explicou que as pessoas que foram identificadas pelos serviços de inteligência poderão ser presas por formação de quadrilha e por prática de danos ao patrimônio público.
A avaliação geral do governo foi de que a manifestação foi pacífica. Não foram registrados atos de vandalismo em outros pontos da cidade, o conflito se concentrou apenas na região do Centro Cívico. Os PMs chegaram a utilizar bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes que tentaram invadir a sede do governo estadual.
No total, sete chegaram a ser detidos pela Polícia Militar. Quatro foram presos por dano ao patrimônio público liberados na manhã de terça após pagarem fiança e outros três por desacato a autoridade. Estes últimos apenas assinaram termo circunstanciado. Outros dois, que tinham sido detidos no protesto, foram liberados no próprio local.
Segundo o secretário de Segurança, Cid Vasques, todas as detenções ocorreram após a dispersão do confronto ocorrido no Palácio Iguaçu. "Pichação não é forma de protesto, vandalismo não é livre manifestação do pensamento. Essas pessoas vão ser enquadradas no Código Penal e vão responder ao devido processo criminal", disse ele, citando os manifestantes que estão sendo investigados pela polícia.
Operação especial da PM
O comandante da PM do Paraná, Roberson Bondaruk, disse que foi feita uma operação especial para acompanhar a manifestação. Segundo ele, a maior parte do policiamento foi feito por agentes sem uniforme, à paisana, no meio da multidão. Não foram divulgados os números de quantos policiais acompanharam o evento.
"É uma operação velada, até por isso não revelamos números. Esta fórmula permanece, além de efetivo de prontidão de polícia ostensiva", diz. Ele explica que há policiais trabalhando junto aos manifestantes com filmagens e fotos. "Assim temos controle pleno de quem fez o que a todo momento".
Nesta segunda-feira, às 14h30, haverá uma reunião na Secretaria de Segurança, com a participação do secretário da pasta, comandantes das polícias e serviços de inteligência, para avaliar como foi o desempenho da segurança nessa manifestação.
Vida e Cidadania | 5:48
Alguns manifestantes tentaram invadir o Palácio Iguaçu, sede do governo do Paraná, na noite desta segunda-feira (17). A Polícia Militar usou bombas de efeito moral para dispersar o grupo.
Vida e Cidadania | 4:00
Manifestação começou na Boca Maldita e passou por diversos pontos da região central da capital.
Veja fotos do protesto em Curitiba
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