O governador Beto Richa (PSDB) negou ontem que o Paraná pretenda ressarcir concessionárias de pedágio, especialmente a Econorte e a Ecovia, por eventuais prejuízos operacionais. A informação, repassada pelo diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), Nelson Leal Júnior, e publicada na edição de domingo da Gazeta do Povo, indicou que empresas e governo teriam feito um cálculo que, no caso das duas operadoras, revelou a necessidade de se fazer um "aporte financeiro" para bancar prejuízos. Sendo assim, os usuários não seriam onerados pelo aumento de tarifa, além de evitar uma dívida bilionária (e impagável) no fim dos contratos, em 2022.
"Não tem nada disso. Acredito que essa declaração foi infeliz, desastrosa, e está desautorizada por mim. Existem diversos estudos a serem feitos ainda. Não sei de onde se tirou essa história. É importante esclarecer isso para tranquilizar a todos", disse Richa, referindo-se às informações passadas pelo diretor-geral do DER-PR. O governador reiterou que a decisão de ressarcir ou não as empresas ainda não está aprovada, e inclusive pode ser revista.
Segundo Richa, o objetivo do governo estadual ainda é reduzir a tarifa do pedágio em todos os trechos. "Não havia diálogo no governo anterior", pontuou. Segundo as informações repassadas por Nelson Leal Júnior, na outra ponta da corda a avaliação indicou que outras duas concessionárias, Caminhos do Paraná e Viapar, receberam a mais e deveriam compensar os usuários. Já os casos das outras duas concessionárias, Rodonorte e Ecocataratas, estariam longe de consenso.
Em nota divulgada ontem, o DER-PR esclarece que a simulação citada na matéria serve para que o órgão estadual possa "ter todas as variáveis na negociação (...) de tal forma que os paranaenses não paguem possíveis passivos gerados pelas gestões anteriores".