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Rio Belém pode ser despoluído em  ate um ano e em mais quatro será possível ter vida no rio | Pedro Serapio/Gazeta do Povo
Rio Belém pode ser despoluído em ate um ano e em mais quatro será possível ter vida no rio| Foto: Pedro Serapio/Gazeta do Povo

Um ano para despoluir o Belém e quatro para trazer a vida ao rio curitibano. Essa é a meta do projeto-piloto da Agência Nacional das Águas (ANA) para despoluição dos rios urbanos, que será tocado em parceria com o governo do Paraná e a prefeitura de Curitiba. O acordo foi firmado no dia 24 de fevereiro.

O grupo de trabalho instituído pela parceria deve atuar ao longo dos próximos quatro anos, mas a expectativa é de que haja resultados “satisfatórios” dentro de um ano. “Nós queremos ter um grande ‘case’ já em março do ano que vem, para apresentar no Fórum Mundial das Águas”, disse o coordenador de projetos da Secretaria de Estado do Planejamento, Mauro Corbelini. O evento será realizado em Brasília. A intenção é de que o projeto-piloto de revitalização do Belém sirva de modelo para despoluir outras bacias, por meio da ANA.

A recuperação do Rio Belém é considerada o primeiro passo de uma iniciativa maior, que almeja revitalizar toda a Bacia do Iguaçu, que passa por 109 municípios do Paraná. O Belém foi escolhido para iniciar o processo por ser o único veio 100% urbano de Curitiba e pelo alto grau de contaminação de suas águas, que passam por 17 quilômetros da capital paranaense. “Estudos da Sanepar apontam que, na região do Alto Iguaçu, uma das bacias que mais lança efluentes é a do Rio Belém. É um caso de prioridade”, disse a arquiteta da Secretaria de Planejamento, Patrícia Cherubim.

Projeto integrado e com exemplo da Coreia do Sul

Batizado de GT Belém, o grupo de trabalho vai integrar diversos departamentos do governo e da prefeitura, entre os quais as secretarias de Estado do Planejamento e do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, a Sanepar e as secretarias municipais de Obras Públicas e de Meio Ambiente, além do Instituto de Pesquisas e Planejamento Urbanos (Ippuc). Patrícia destaca que o trabalho será integrado e focado em sete áreas, cujas ações serão executadas de forma coordenada.

“O projeto parte do princípio de integração das ações, nos seguintes eixos: qualidade de água, quantidade de água, solo, ar, integração com homem, biodiversidade e gestão”, elencou.

O grupo de trabalho deve definir o cronograma de trabalho dentro de 15 dias. O orçamento da despoluição do Belém ainda não foi definido e só deve ser apresentado dentro de um mês. Apesar disso, Corbelini garante que há recursos para executar as ações e chegar a resultados satisfatórios dentro de um ano.

“Já existem alguns recursos do governo federal para a recuperação do rios que foram liberados à prefeitura. Temos alguns recursos que vieram do Fundo Nacional das Águas. Existe uma sinalização do Banco do Brasil que quer investir na parte de educação ambiental”, adiantou o coordenador de projetos.

A parceria deve contar com suporte da empresa Korea Water Resources Corporation (K-Water), da Coreia do Sul, que em três anos despoluiu o rio Cheongyyecheon, localizado em Seul. “Nós temos veios fantásticos no Paraná, mas quase todos estão poluídos. Temos um grande caminho pela frente, mas estamos certos de que conseguiremos bons resultados”, disse Corbelini.

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