492 blocos passarão pelas ruas da capital fluminense neste feriado de carnaval. Falta cidade para tanta folia, há quem diga. Mas esse número é ainda maior. Os 492 são (apenas?) aqueles autorizados pela prefeitura. Há uma lista extraoficial de cortejos que pipocam todos os anos nesta época.

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Os desfiles das grandes escolas de samba do Rio começam neste domingo numa noite heterogênea: as três primeiras agremiações, Império da Tijuca, Grande Rio e São Clemente, nunca foram campeãs no Grupo Especial e não têm grande torcida. As três que se seguem são gigantes do carnaval: Mangueira, com 17 campeonatos, Salgueiro, com nove, e Beija-Flor, atual líder do ranking da Liga das Escolas, com 12 – metade disso no século 21.

A Beija-Flor tenta mais um campeonato com um enredo-tributo ao diretor de TV José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni e, a partir dele, conta a história da comunicação humana. A interatividade também será uma marca: a reação do público será filmada e transmitida em telões no último carro.

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Fé e ecologia vão se misturar no enredo do Salgueiro: Gaia - A vida em nossas mãos. A criação do mundo é contada a partir dos elementos terra, fogo, água e ar.

As festas mais populares do país foram escolhidas para colorir a Mangueira. Os integrantes vão acrescentar ao samba os passos das quadrilhas de São João. Boi-bumbá, parada gay, festa de Iemanjá, festa da uva, festejos religiosos e o réveillon carioca compõem a "festança brasileira" idealizada pela carnavalesca Rosa Magalhães.

Em busca da felicidade, a São Clemente mostrará a formação da primeira favela, onde hoje é o Morro da Providência, no centro do Rio, que foi ocupada por soldados da Guerra de Canudos ao fim do conflito, em 1897.

Com o único patrocínio declarado deste ano, a Grande Rio recebeu R$ 4,5 milhões da prefeitura de Maricá, a cidade-tema. A cantora Maysa (1936-1977), que antes de morrer declarou só ter sido feliz em Maricá, será reverenciada.