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Peixes mortos em afluente do Amazonas: consequência da estiagem | Paulo Whitaker/Reuters
Peixes mortos em afluente do Amazonas: consequência da estiagem| Foto: Paulo Whitaker/Reuters

São Paulo - Uma faixa de 16 km de peixes mortos surgiu em um afluente do Rio Solimões – nome do Rio Amazonas antes de receber as águas do Negro – em Mana­quiri (AM), município de 19 mil habitantes a 60 km de Manaus. Especialistas apontam a estiagem como principal causa do fenômeno.

O problema prejudica a rotina de 540 famílias em 13 comunidades. Com dificuldades para se locomover, os ribeirinhos recebem alimento e água potável, de acordo com a prefeitura.

Segundo o secretário do Meio Ambiente do município, Vandem­berg Soares, é comum, nesta época do ano, que o baixo nível das águas impeça a circulação e oxigenação do rio. Mas ele diz nunca ter visto o fenômeno nessa proporção.

De acordo com Efrem Jorge, coordenador de biologia aquática do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), neste período do ano a água dos rios na Amazônia chega a 36°C em razão da maior incidência do sol quando o rio está parado. A temperatura comum na região é entre 28°C e 30°C. "A água mais quente e rasa acaba matando os peixes", explica o biólogo. "É um fato natural, sempre ocorreu."

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), desde julho, época da maior enchente da história da região, as chuvas estão bem abaixo da média no nordeste da Amazônia. Em Manaus, a média de chuvas em novembro é de 183 mm. Até sábado, só choveu 132 mm.

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