São Paulo - Uma faixa de 16 km de peixes mortos surgiu em um afluente do Rio Solimões nome do Rio Amazonas antes de receber as águas do Negro em Manaquiri (AM), município de 19 mil habitantes a 60 km de Manaus. Especialistas apontam a estiagem como principal causa do fenômeno.
O problema prejudica a rotina de 540 famílias em 13 comunidades. Com dificuldades para se locomover, os ribeirinhos recebem alimento e água potável, de acordo com a prefeitura.
Segundo o secretário do Meio Ambiente do município, Vandemberg Soares, é comum, nesta época do ano, que o baixo nível das águas impeça a circulação e oxigenação do rio. Mas ele diz nunca ter visto o fenômeno nessa proporção.
De acordo com Efrem Jorge, coordenador de biologia aquática do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), neste período do ano a água dos rios na Amazônia chega a 36°C em razão da maior incidência do sol quando o rio está parado. A temperatura comum na região é entre 28°C e 30°C. "A água mais quente e rasa acaba matando os peixes", explica o biólogo. "É um fato natural, sempre ocorreu."
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), desde julho, época da maior enchente da história da região, as chuvas estão bem abaixo da média no nordeste da Amazônia. Em Manaus, a média de chuvas em novembro é de 183 mm. Até sábado, só choveu 132 mm.
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