As empresas de energia elétrica, gás, água e telefonia do Rio de Janeiro começam a mapear, este mês, as teias formadas por tubulações, cabos, câmaras e transformadores escondidos no subsolo da cidade. O objetivo é facilitar a gestão dessas redes e identificar pontos que requerem manutenção, evitando acidentes como a explosão do transformador que abriu uma cratera em Copacabana na sexta-feira e feriu cinco pessoas.
Depois do incidente, a prefeitura carioca decidiu acompanhar o trabalho de mapeamento, que vai começar pelo centro da cidade, onde os equipamentos de serviços públicos são mais antigos. A identificação conjunta das redes das quatro empresas pode proporcionar mais segurança no subsolo do município. Engenheiros acreditam que o mapeamento permitirá a identificação de locais onde tubulações de gás estão próximas de equipamentos elétricos antigos - que apresentam maior risco de curto-circuito.
Também será possível avaliar com maior precisão situações de emergência, como vazamentos de água que comprometam o funcionamento de sistemas de energia. Além disso, a prefeitura afirma que os dados gerados pelo projeto serão usados para facilitar trabalhos de manutenção, evitando que obras em uma rede interfiram no funcionamento de outra.
O mapeamento conjunto foi orçado em R$ 2 milhões e será financiado pelas quatro empresas responsáveis pelos serviços públicos de água, gás, eletricidade e telefonia. Segundo a Light empresa responsável pela rede elétrica carioca, quase 90% de suas câmaras subterrâneas mais antigas já foram inspecionadas desde o último mapeamento feito em seus sistemas, mas "sempre há possibilidade de falha".
