A inclusão de quatro regiões metropolitanas fez com que Curitiba e região caíssem para quarto lugar no ranking de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das metrópoles brasileiras, lançado em 2014. A RMC foi ultrapassada por Campinas, que, ao lado do Distrito Federal, agora ocupa o segundo lugar entre as regiões com melhores indicadores humanos do país.
RMC tem 13 bairros superdesenvolvidos
Levantamento da ONU mostra que em todo país há 223 locais com indicadores de desenvolvimento humano acima de 0,9 – 13 deles estão na região de Curitiba.
Outra região incluída na atualização deste ano, Maceió ficou na última posição entre 20 analisadas. Os novos indicadores atualizam o Atlas do Desenvolvimento Humano das regiões metropolitanas, lançado no ano passado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro, do governo de Minas.
Até agora o Atlas contava com informações de 16 regiões. Nesta quarta-feira (1º) foram acrescentados dados de mais quatro: Campinas, Baixada Santista, Vale do Paraíba e Litoral Norte, em São Paulo, e Maceió, em Alagoas. Juntas, essas regiões têm 79 cidades.
O ranking do IDH (quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano) continua liderado pela Grande São Paulo (0,794), mas agora tem Campinas (0,792) na segunda posição empatada com o Distrito Federal (0,792). Curitiba aparece em quarto e o Vale do Paraíba e Litoral Norte (0,781), ambos no estado de São Paulo, no quinto lugar. A região da Baixada Santista (0,777), ficou em 6º. Maceió (0,702) ficou em último. No entanto, todas as regiões metropolitanas do país têm desenvolvimento considerado alto pelo programa.
O IDH é uma medida composta de indicadores de saúde, educação e renda numa escala de 0 a 1. O Atlas leva em conta o levantamento feito nos Censos de 2000 e 2010, do IBGE. Os novos dados confirmam os avanços nos indicadores socioeconômicos do país - que já haviam aparecido na primeira divulgação.
Apesar de ficar em último, Maceió teve crescimento de 24% no IDH em uma década. O aumento foi maior do que o das regiões paulistas, que avançaram 11% (Vale e Baixada) e 12% (Campinas).
Além do IDH, outros 200 indicadores tiveram crescimento nas quatro regiões metropolitanas.
O Atlas das metrópoles é uma extensão de estudo similar divulgado em 2013 sobre o IDH dos 5.565 municípios brasileiros.
Apesar dos avanços, os novos dados apontam que também nessas metrópoles é grande a desigualdade nas condições de vida de seus moradores.
Em Maceió, a diferença no desenvolvimento de duas regiões chega a 55%. De um lado, a área de Ponta Verde tem índice de 0,956; de outro, a área de Vales do Benedito tem o mesmo indicador em 0,522.
No contexto global, seria algo como a diferença entre o IDH da Noruega (0,944), primeira colocada no ranking mundial, com o do Quênia (0,535), que fica em 147º.
O PNUD, porém, não recomenda a comparação entre o IDH das regiões com o dos países devido a diferença na metodologia de cálculo.
Não é só em Alagoas que as disparidades aparecem. Nas quatro regiões incluídas no Atlas são grandes as diferenças nos três grandes setores da pesquisa. Na saúde, por exemplo, a variação da esperança de vida ao nascer é de mais de dez anos em todas as quatro.
Segundo o PNUD, “isso significa que a criança que nasce em uma área pobre possivelmente viverá dez anos a menos que aquela que nasce em um bairro mais rico”.
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