Centro de Curitiba: região metropolitana caiu uma posição no ranking do desenvolvimento humano| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

A inclusão de quatro regiões metropolitanas fez com que Curitiba e região caíssem para quarto lugar no ranking de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das metrópoles brasileiras, lançado em 2014. A RMC foi ultrapassada por Campinas, que, ao lado do Distrito Federal, agora ocupa o segundo lugar entre as regiões com melhores indicadores humanos do país.

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RMC tem 13 bairros superdesenvolvidos

Levantamento da ONU mostra que em todo país há 223 locais com indicadores de desenvolvimento humano acima de 0,9 – 13 deles estão na região de Curitiba.

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Outra região incluída na atualização deste ano, Maceió ficou na última posição entre 20 analisadas. Os novos indicadores atualizam o Atlas do Desenvolvimento Humano das regiões metropolitanas, lançado no ano passado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro, do governo de Minas.

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Até agora o Atlas contava com informações de 16 regiões. Nesta quarta-feira (1º) foram acrescentados dados de mais quatro: Campinas, Baixada Santista, Vale do Paraíba e Litoral Norte, em São Paulo, e Maceió, em Alagoas. Juntas, essas regiões têm 79 cidades.

O ranking do IDH (quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano) continua liderado pela Grande São Paulo (0,794), mas agora tem Campinas (0,792) na segunda posição empatada com o Distrito Federal (0,792). Curitiba aparece em quarto e o Vale do Paraíba e Litoral Norte (0,781), ambos no estado de São Paulo, no quinto lugar. A região da Baixada Santista (0,777), ficou em 6º. Maceió (0,702) ficou em último. No entanto, todas as regiões metropolitanas do país têm desenvolvimento considerado alto pelo programa.

O IDH é uma medida composta de indicadores de saúde, educação e renda numa escala de 0 a 1. O Atlas leva em conta o levantamento feito nos Censos de 2000 e 2010, do IBGE. Os novos dados confirmam os avanços nos indicadores socioeconômicos do país - que já haviam aparecido na primeira divulgação.

Apesar de ficar em último, Maceió teve crescimento de 24% no IDH em uma década. O aumento foi maior do que o das regiões paulistas, que avançaram 11% (Vale e Baixada) e 12% (Campinas).

Além do IDH, outros 200 indicadores tiveram crescimento nas quatro regiões metropolitanas.

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O Atlas das metrópoles é uma extensão de estudo similar divulgado em 2013 sobre o IDH dos 5.565 municípios brasileiros.

Desigualdade

Apesar dos avanços, os novos dados apontam que também nessas metrópoles é grande a desigualdade nas condições de vida de seus moradores.

Em Maceió, a diferença no desenvolvimento de duas regiões chega a 55%. De um lado, a área de Ponta Verde tem índice de 0,956; de outro, a área de Vales do Benedito tem o mesmo indicador em 0,522.

No contexto global, seria algo como a diferença entre o IDH da Noruega (0,944), primeira colocada no ranking mundial, com o do Quênia (0,535), que fica em 147º.

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O PNUD, porém, não recomenda a comparação entre o IDH das regiões com o dos países devido a diferença na metodologia de cálculo.

Não é só em Alagoas que as disparidades aparecem. Nas quatro regiões incluídas no Atlas são grandes as diferenças nos três grandes setores da pesquisa. Na saúde, por exemplo, a variação da esperança de vida ao nascer é de mais de dez anos em todas as quatro.

Segundo o PNUD, “isso significa que a criança que nasce em uma área pobre possivelmente viverá dez anos a menos que aquela que nasce em um bairro mais rico”.