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A baiana Silmara mora na RMC: “Aqui dão oportunidades para os jovens” | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
A baiana Silmara mora na RMC: “Aqui dão oportunidades para os jovens”| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

Manaus (AM) passou Curitiba no número absoluto de habitantes e se tornou a sétima maior população do país, com 1.802.525. A capital paranaense ficou em 8.º lugar, com 1.746.896 habitantes. As duas maiores cidades continuam sendo São Paulo (11.244.369) e Rio de Janeiro (6.323.037).

Das dez cidades que mais cresceram no Paraná, quatro pertencem à região metropolitana de Curitiba (RMC): Tunas do Paraná, Fazenda Rio Grande, São José dos Pinhais e Piraquara. Só esta região cresceu na última década 14,47%, o que representa 400,5 mil pessoas a mais. "O Paraná teve 876 mil habitantes a mais nos últimos dez anos, o que quer dizer que só a região metropolitana responde por quase metade deste acréscimo", lembra o coordenador do curso de Ciências Econômicas da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Carlos Magno.

O presidente do IBGE no Para­­ná, Sinval Dias dos Santos, afirma que o crescimento da RMC é proporcional à criação de uma cidade como Maringá, somada a Paiçan­­du. Para Magno, a população migra para cidades próximas às capitais sempre procurando atrativos e melhores condições de vida.

Mudança

Em busca de sossego e emprego. Isso é o que motivou a baiana Silmara Nascimento Costa, de 18 anos, e a paulista Tatiane Ricardo Lopes, de 31, a deixarem suas cidades de origem para morar em São José dos Pinhais, a oitava maior cidade do Paraná, segundo o Censo 2010. Em dez anos, o município ganhou quase 60 mil habitantes, um aumento de 28,96%.

Nascida em Salvador, Silmara desembarcou primeiro em Campo Mourão, há dois anos. Não ficou muito tempo: um ano depois, mudou-se para São José, na esperança de arranjar emprego no comércio ou em alguma fábrica, duas atividades de peso na cidade. "Aqui tem muito mais emprego do que no Nordeste ou no interior do Paraná. Minha mãe logo arranjou serviço como auxiliar de produção em uma fábrica. Já eu, antes mesmo de completar 18, já trabalhava como menor aprendiz. Aqui eles dão oportunidades para os jovens", conta.

Para Tatiane, natural de Ilha Comprida (litoral paulista), a vinda para São José significou melhor oportunidade de emprego não só para ela e o marido, mas também para os quatro filhos, que ainda estudam. Na antiga cidade, Tatiane conta que só conseguia obter uma boa renda durante a temporada. "Não via muitas oportunidades, nem para mim, nem para eles".

Tatiane conta que o marido, logo que chegou, em janeiro, já arrumou emprego como vendedor. Ela, que chegou em maio, teve sorte parecida. "Saí para procurar emprego e achei no mesmo dia, em um frigorífico. Depois arranjei um melhor três dias depois de pedir a conta". A identificação com a cidade foi tanta que um amigo já se mudou para São José a convite do casal, e o irmão de Tatiane, de Sorocaba (SP), virá no ano que vem. (Colaborou PM)

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