Treze novos terminais de transporte coletivo, que terão capacidade para abrigar 140 linhas de ônibus, devem ser inaugurados até 2007 na região metropolitana de Curitiba (RMC). O governo do estado pretende investir R$ 117 milhões para melhorar o transporte de cerca de 300 mil pessoas por dia. No entanto, a integração com as linhas da capital ainda não será possível. O assunto será discutido somente após a execução dos novos terminais metropolitanos.
A construção e revitalização de terminais, além da execução de obras viárias em ruas por onde passa o tráfego de ônibus, estão previstas no Programa de Integração de Transporte (PIT) da região metropolitana. Os primeiros investimentos estão em conclusão. É o caso dos terminais de Guaraituba e Roça Grande, ambos em Colombo. Para 2006, a previsão é entregar o terminal da Vila Angélica, em Araucária, e do Alto Maracanã, em Colombo, que será revitalizado.
Almirante Tamandaré, Fazenda Rio Grande, Campina Grande do Sul e Contenda aguardam o processo de licitação. Em São José dos Pinhais, Campo Largo, Rio Branco do Sul, Tunas do Paraná e Itaperuçu os projetos estão em fase de elaboração.
Integração
Sob a responsabilidade da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), órgão ligado à Secretaria Especial de Assuntos da Região Metropolitana, as obras visam mais conforto aos passageiros e circulação mais rápida das linhas. Porém, o principal objetivo do PIT não será concretizado. Ao menos, nesse primeiro momento.
Os dois novos terminais de Colombo, bem como o de Araucária, serão estações abertas, onde o usuário não fará integração gratuita com outras linhas.
Segundo o chefe de gabinete da Secretaria Especial de Assuntos da Região Metropolitana, Maffilon Astarita, não se podia aguardar soluções sobre a integração pois o orçamento das construções já estava liberado. "Para agilizar, iniciamos as obras e agora estudamos as possibilidades", afirma Astarita, acrescentando que a integração com Curitiba será discutida após o fim das obras.
A Urbs (empresa que gerencia o transporte em Curitiba) informa que o custo da integração com os novos terminais metropolitanos é de R$ 650 mil por mês. Em negociação com a Comec, a Urbs espera que os custos do projeto metropolitano sejam cobertos com recursos do orçamento estadual. Ainda segundo a Urbs, todos os custos do sistema são divididos entre os passageiros da Rede Integrada de Transporte (RIT) e novas despesas teriam impacto direto na tarifa.
Em contrapartida, o prefeito de Colombo, José Antônio Camargo, afirma que a prefeitura não tem condições de arcar com custos adicionais. Camargo diz ter procurado a Urbs e a Secretaria de Assuntos Especiais há pouco pois ainda não havia recebido informação sobre o gerenciamento dos novos terminais. "Estamos aguardando um pronunciamento da Comec, mas acredito que a integração deveria ser discutida desde o planejamento."