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A campanha pela recuperação dos direitos políticos de José Dirceu será deflagrada em várias frentes tão logo acabe a disputa pela presidência da Câmara. A estratégia do ex-ministro é não comandar diretamente as ações, mas ele não se furtará a participar de atos públicos, palestras e debates sobre o assunto. Aliados do petista vão montar comitês suprapartidários para ajudar na coleta de 1 milhão de assinaturas para o projeto de iniciativa popular. Entidades como CUT, UNE e MST vão atuar e haverá slogan e site da campanha. Paulo Ferreira, tesoureiro do PT, vai propor que o partido abrace a causa formalmente. "Já tenho vários convites para viajar pelo Brasil tratando desse tema e de política", diz o ex-deputado.

Aval – A mobilização pró-Dirceu vai incluir ainda figuras de proa da sociedade. Em entrevista ao blog do deputado cassado, o arquiteto Oscar Niemeyer defendeu sua anistia. Um grupo de advogados do Rio encabeçado por Marcelo Cerqueira deve lançar manifesto de apoio. Às claras – Resolvida a questão da candidatura alternativa à presidência da Câmara, o Grupo dos 30 se prepara para lançar uma nova campanha: pelo voto aberto na eleição da Mesa. "Seria um belíssimo gesto de renovação", diz Chico Alencar (PSol-RJ). Entraves – A emenda constitucional que acaba com o voto secreto passou em primeiro turno e empacou na Câmara. O voto aberto já nessa eleição, para ser viável, teria de contar com compromisso dos três candidatos a presidente da Casa e dos líderes. No papel – O fim do voto secreto faz parte do programa de campanha que Gustavo Fruet (PSDB-PR) vai enviar aos deputados, em carta. Ele admite ressalva para nomeações de embaixadores e de diretores do Banco Central e de agências reguladoras. Engenheiro – Preocupado com a possível contaminação da disputa do Senado pela da Câmara, Renan Calheiros (PMDB-AL) brinca que vai reforçar o muro que tinha dito que construiria entre as duas Casas. "Agora parti para a obra da barragem de contenção", diz o senador.

Contingência – As autoridades que cuidam da segurança no Pan trabalham com a possibilidade de o PCC "exportar" de São Paulo para o Rio alguns de seus líderes. Um ataque durante os jogos seria condizente com o perfil do grupo, que busca publicidade. Anti-hooligan – A Polícia Federal fará um intercâmbio com suas similares nas Américas para traçar um perfil dos torcedores por país. Quer identificar possíveis grupos de arruaceiros. Hora extra – A PF cancelou férias para seus agentes e delegados nos meses de junho e julho. Pretende mobilizar 3.000 homens, o que equivale a um terço do efetivo, para a segurança do Pan. Estrada 1 – O PR (ex-PL) deflagrou, com autorização de Lula, uma operação de crescimento para se tornar um partido grande no Congresso e conseguir manter o Ministério dos Transportes. Estrada 2 – Além dos governadores Ivo Cassol (RO) e Blairo Maggi (MT), o PR deve ganhar cinco deputados tucanos do Ceará e o ex-governador Lúcio Alcântara, cotado para uma diretoria da Sudene. Reversão – As chuvas do início do ano já regularizaram a situação dos reservatórios das hidrelétricas. Mas os níveis ainda estão abaixo dos registrados em janeiro de 2006, quando o fantasma de um novo apagão voltou à pauta. Parceiros – Ao menos no Maranhão deve sobreviver o acordo entre PT e PSDB para a Assembléia Legislativa. Os petistas já se comprometeram a apoiar o tucano Alberto Franco para presidente.

TIROTEIO

Do senador Alvaro Dias (PSDB-PR) sobre o fato de o presidente Lula ter recuado na sua promessa eleitoral de discutir a renegociação das dívidas dos estados repactuadas com a União.

– Lula acaba de provar que nem sempre descumprir promessas é ruim para o país. É até bom que as coisas mirabolantes ditas por ele na campanha fiquem só no discurso.

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