Pesquisas científicas apontam que a grande tendência para o futuro é fazer tratamento personalizado. O avanço na ciência permite que os tumores sejam identificados e depois passem por um mapeamento genético. Assim, o médico consegue verificar qual o melhor procedimento para determinado paciente.
A tecnologia ainda é restrita, mas deve se popularizar na próxima década. Hoje o uso de quimioterapia e radioterapia é feito em bases estatísticas, mas o médico não consegue prever como o corpo de cada pessoa vai reagir. O sequenciamento genético ajuda a entender este processo. A avaliação já é comum em tumores no intestino.
Os oncologistas Murilo de Almeida Luz e Luiz Antônio Negrão Dias explicam que há avanços na área de quimioterapia com o desenvolvimento de novas drogas menos tóxicas, mais eficazes, com menos efeitos colaterais e a chamada terapia-alvo , radioterapia com tecnologias que permitem menos agressão a células sem a doença , e, principalmente, nas cirurgias. Um robô é o aliado de pacientes que precisam realizar cirurgias com alto grau de precisão.
Da Vinci
O "Da Vinci", como a máquina é chamada, existe somente em três hospitais privados de São Paulo e deve chegar a Curitiba, no Hospital Erasto Gaertner, nos próximos meses. Luz passou três anos estudando no Canadá e voltou para a capital para ajudar na implantação do robô. No exterior, ele acompanhou a primeira cirurgia no mundo realizada apenas com máquinas, responsáveis pela anestesia e operação do paciente.
O urologista Rafael Coelho, do Hospital Albert Einstein, explica que 75% das cirurgias de próstata feitas no local são feitas com o robô. Ao todo, foram quase 800 operações nas mais variadas especialidades. Esse tipo de procedimento é menos invasivo, com menos sangramento e tempo de internação.
Luz explica que há ainda o desenvolvimento de pesquisas em cânceres de próstata e melanoma para que o paciente receba uma "vacina" e estimule o próprio corpo a produzir anticorpos contra os tumores. Outros pesquisadores trabalham com o desenvolvimento de nanopartículas, feitas de material sintético e que ajudarão a medicar e levar marcadores para identificar células cancerígenas. (PC)
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