Cinco corpos estão carbonizados
O Instituto Médico Legal (IML) de Guarapuava, na região Central do Paraná, informou ontem à noite a relação de cinco pessoas mortas, e já identificadas por familiares.
Além do proprietário da empresa de transportes, Darci Borges, morreram os passageiros Faustino Dias Marins, Alex Santos de Souza, Joel de Melo, Nivaldo de Morais e Josiane Andrea Batista da Cruz.
Outros cinco corpos estão carbonizados (entre eles o do segundo motorista da empresa, Fradac Antonio de Paula) e só serão identificados por meio de exame de DNA, a ser feito pelo IML de Curitiba.
Quatro pessoas estão em estado grave: Felipe Rodrigues de Almeida, 25; Josenildo Santos Andrade, 36; Marcos de Córdova, 29, estão na UTI do Hospital Santa Tereza. Já Elaine Pereira Borges, 24, está na UTI do Hospital São Vicente de Paulo.
Cinco passageiros estão internados na enfermaria do São Vicente, também em Guarapuava, com escoriações: Isanilde Pierobom, 36; Fábio Reis Gonçalves, 29; Luis Carlos Altoé, 28; Antonio Carlos de Souza, 38; e Eliseu Souza Paim, 23.
Também ficaram feridos, mas já receberam alta: Edenilson José de Souza, 47 (motorista do caminhão-tanque); Bruna de Oliveira, 24; Adriana Martins, 25; Francisco de Souza Araújo, 34; e Mariluce Bibiano Dias Araújo, 31.
Óbitos
Ontem, mais três pessoas morreram nas rodovias da região de Guarapuava, confirmando a situação de vulnerabilidade na região.
Um Kadet capotou na BR-373, próximo a Irati, deixando cinco feridos. Eles foram encaminhados à Santa Casa de Misericórdia de Irati, mas duas das vítimas, Elaine Oliveira da Silva e Ramiro Edling Amaral (idades não fornecidas), morreram no hospital.
Na PR-466, em Turvo, um Gol bateu de frente com um caminhão. O motorista do Gol, Antonio Eurico de Andrade, 50 anos, morreu na hora.
Uma roda que se soltou de um caminhão fez o motorista de um micro-ônibus perder o controle do veículo e bater de frente com um caminhão tanque, explodindo em seguida. A tragédia aconteceu às 20h30 de sábado na BR-277, em Guarapuava, na região Central, e matou 11 pessoas, deixando mais 14 feridos. Quatro passageiros do micro-ônibus ainda estão internados em unidades de terapia intensiva (UTI) de hospitais de Guarapuava. Cinco pessoas permanecem hospitalizadas, mas não correm riscos, e cinco já receberam alta.
O acidente aconteceu na altura do quilômetro 335, próximo à ponte do Rio das Pedras. Segundo o inspetor do Núcleo de Comunicação Social da Polícia Rodoviária Federal, Wilson Martines, a roda do terceiro eixo de um caminhão se soltou na pista e o micro-ônibus, que vinha logo atrás, bateu no objeto e perdeu o controle. O micro-ônibus invadiu a pista contrária e bateu de frente com um bitrem que carregava óleo diesel, da cidade de Luzerna, Santa Catarina.
Com o impacto, os dois veículos deslizaram numa ribanceira. O micro-ônibus pegou fogo. O caminhão que perdeu a roda só parou cerca de três quilômetros adiante, sentido Curitiba, quando o motorista percebeu o problema mecânico. Um Renault Scenic de Ponta Grossa, dirigido por Mauro Roberto da Silva, que seguia sentido Curitiba, bateu numa peça que estava na pista e tombou, mas os ocupantes não se machucaram.
A rodovia ficou interditada nos dois sentidos por três horas, causando uma fila de carros de cinco quilômetros. Por volta da 1h30 da madrugada de domingo, a pista foi totalmente liberada.
Ontem, a concessionária que administra o trecho retirou o caminhão e o micro-ônibus do local. O condutor do caminhão-tanque, Edenilson José de Souza, 47 anos, teve uma fratura e passou por uma cirurgia na madrugada de ontem no Hospital São Vicente de Paulo, mas já foi liberado.
Os passageiros eram transportados pela empresa Transtopic, que existe há cerca de 15 anos, em Curitiba. O dono da empresa, Darci Ferreira Borges, 60 anos, e o segundo motorista, Fadrac Antonio de Paula, estão entre os mortos.
Ao contrário do que foi divulgado, a empresa de transporte não foi contratada pelo consórcio Conpar. A contratação da Transtopic foi iniciativa particular de um grupo de funcionários para uma viagem de turismo a Foz do Iguaçu. Segundo o consórcio, os familiares das vítimas, que trabalhavam no Conpar, estão recebendo apoio da empresa. O consórcio, de Araucária, presta serviços de construção civil para a refinaria Repar, da Petrobras.
As informações foram confirmadas pelo amigo de Borges, Eder Silva, que prestava informações às famílias dos acidentados ontem. Para Silva, o acidente foi uma fatalidade. "O Darci era muito prudente, uma pessoa muito boa. Havia ficado viúvo havia seis meses. Pegou a todos de surpresa", comenta.
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