Ponta Grossa Depois de sete meses e dois terços do prédio demolido, a prefeitura de Ponta Grossa pode, finalmente, retomar as obras de conclusão da rodoviária da cidade. Um alívio para os viajantes, usuários e agentes de viagem que trabalham no local. O lugar não tem lanchonete, é cheio de goteiras e infiltrações que provocam alagamentos quando chove, os banheiros químicos foram improvisados para a situação de emergência e a taxa de embarque ainda foi reajustada de R$ 1,30 para R$ 1,34 no início do ano.
O contrato com a empreiteira que vai realizar o serviço foi assinado na última sexta-feira. A Bahiasul tem sete meses para concluir o projeto, por R$ 5,5 milhões. Amanhã deverão ser executados os serviços de topografia e a retirada do entulho para a retomada da construção.
Para apressar o processo, a prefeitura demoliu parte da estrutura no ano passado. Só não contava com pelo menos duas licitações atribuladas e mal-sucedidas. Cedida à exploração da inicitiva privada na década de 70, a rodoviária só voltou à administração municipal por intermédio da Justiça. Pelo menos três prefeitos tentaram, cada um à sua maneira, melhorar a condição da rodoviária, que já foi ponto de venda de drogas e em 2005 entrou no noticiário depois da morte de um pedreiro, esfaqueado num banco enquanto dormia.
A Bahiasul foi a segunda empresa classificada na última concorrência. O processo licitatório começou em setembro do ano passado.
Passado o prazo para o início da construção, a empresa vencedora alegou que não teria condições de tocar o projeto. A segunda colocada não aceitou o preço inicial, forçando o reinício do processo licitatório.
Na segunda concorrência, a vencedora foi desclassificada pela autarquia estadual responsável pelo financiamento da obra.
Mesmo sob a ameaça de ter a desclassificação questionada na Justiça, a prefeitura contratou a Bahiasul, a segunda colocada.
O valor da obra aumentou em aproximadamente R$ 1 milhão entre uma concorrência e outra.
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