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quadrinhos

Rolmops e Catchup para encarar a vida

Para Camargo, o efeito do humor é mais destrutivo do que a crítica direta. Daí o sucesso de suas tiras com Rolmops e Catchup | Priscila Forone/ Gazeta do Povo
Para Camargo, o efeito do humor é mais destrutivo do que a crítica direta. Daí o sucesso de suas tiras com Rolmops e Catchup (Foto: Priscila Forone/ Gazeta do Povo)
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Uma das tiras mais clássicas do Paraná está de volta à Gazeta do Povo. Depois de uma interrupção de quase um ano, as tiras "Rolmops & Catchup", do jornalista Fran­­­cisco Camargo, passam a ser publicadas diariamente no primeiro caderno do jornal. A partir de hoje, o leitor poderá acompanhar as aventuras dos dois mendigos junto à fogueira que vivem cenas e momentos de um cotidiano comum. Outra novidade é a estreia do blog que leva o mesmo nome das tiras: "Uma tentativa de humor, reflexão e crítica", explica o modesto autor sobre o novo espaço na internet.

As tiras de Pancho, como é conhecido, surgiram em 1987, no Correio de Notícias. Mas foi na Gazeta do Povo que passaram a ser diárias, na década de 1990. O jornalista guarda até hoje a primeira tira publicada na Gazeta. A imagem trazia uma cena de assalto a um pedestre. Sob a luz do luar, o ladrão se apresentava dizendo no balão: "www//assalto@.com.br".

Os desenhos de Camargo são inspirados em personagens do romance Crônica dos Pobres Amantes, de Vasco Pratolini, e com uma pitada de absurdo, por conta também de outro escritor italiano, Dino Buzzati, autor de O Deserto dos Tártaros, no qual uma guarnição militar vive a expectativa de um ataque (dos tártaros) que nunca acontece. "Eu me enxergo nos personagens na medida em que me envolvo com eles e recorro ao desenho também para poder encarar a realidade, já que viver é muito perigoso", afirma o jornalista.

A inspiração vem durante as caminhadas pelo bairro, na observação, no ponto de encontro com os amigos, no canto da casa onde guarda livros e coleções dos clássicos do cinema. Algumas tiras se baseiam em situações do cotidiano, outras são adaptadas na tentativa de jogá-las em outro contexto ou aproveitar um fato ou episódio do momento. O blog segue na mesma temática, com registros, histórias e comentários sérios quando o assunto merecer, mas sempre procurando pelo humor. "O efeito do humor é mais destrutivo do que a crítica direta", analisa Camargo.

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Serviço:

Acesse o blog Rolmops e Catchup e veja as tiras na página 11 do jornal. Camargo divide o espaço com os chargistas Benett e Marchesini.

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