Cerca de 300 pessoas participaram na manhã desta terça-feira (1º) da 24ª Romaria do Trabalhador, organizada por entidades sindicais, movimentos sociais e pastorais da Igreja Católica. O evento faz parte das comemorações do Dia do Trabalho em Curitiba. Os participantes saíram da Capela Nossa Senhora Aparecida, na Vila das Torres, e seguiram em caminhada até o Teatro Paiol, onde foi realizado um culto ecumênico.
Com o tema "Viver para trabalhar ou trabalhar para viver"?, a romaria teve como objetivo principal incentivar a reflexão sobre as condições de trabalho no país. "É um momento de festa, para celebrar essa data, mas também uma oportunidade para os trabalhadores reivindicarem condições mais dignas", diz o padre Antônio Fabris, coordenador das Pastorais Sociais Arquidiocesanas.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores do Paraná (CUT-PR), Roni Barbosa, apontou como uma das preocupações da entidade o aumento na incidência de doenças relacionadas ao trabalho. "Cerca de 25 mil casos de câncer foram registrados no Brasil em decorrência das condições precárias de trabalho. Nós precisamos não apenas de salários dignos, mas também de qualidade de vida dentro do trabalho", afirma. Outra reivindicação levantada durante o evento foi a redução na carga horária de trabalho, de 44 para 40 horas. A mudança está prevista em um projeto de lei que tramita no Congresso Nacional desde 1995.
Além das melhorias nas condições de trabalho, a romaria serviu também para debater questões relacionadas à segurança pública, reforma agrária e a realização da Copa do Mundo no Brasil.
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