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À venda - Arruda quer privatização do BRB

Em meio às investigações da Operação Aquarela, que desmontou um esquema de desvios de recursos no Banco de Brasília (BRB), o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), defendeu ontem a privatização da instituição. "O que me preocupa neste momento é a estabilidade do banco, e todos estes episódios reforçam em mim a certeza de que precisa haver mudanças drásticas. Esta reflexão é inevitável a partir dos fatos. Vamos esperar o resultado da auditoria no BRB e discutir com a sociedade", disse Arruda.

Sobre as denúncias contra o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF), o governador afirmou que não seria "razoável" comentar denúncias de seu adversário político. "Ganhei a eleição de um candidato apoiado por ele (Maria Abadia, PSDB). O governador defendeu que os políticos sejam julgados pelo Poder Judiciário.

Brasília – O PSol reúne a sua bancada hoje para decidir se ingressa com uma representação no Conselho de Ética do Senado contra o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF), acusado de negociar a partilha de dinheiro de origem ignorada com o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB) Tarcísio Franklin de Moura. A maioria dos deputados do PSol é favorável à representação contra Roriz.

O problema é que eles temem que a abertura de um novo processo no Conselho de Ética do Senado tire o foco das denúncias contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), acusado de usar um lobista da Mendes Júnior para pagar pensão e aluguel para a jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha. O processo contra Calheiros, no Conselho de Ética, também foi pedido pelo partido.

"Já tem uma deliberação geral do partido para tomar todas as medidas sobre questões éticas. O que temos que discutir é a oportunidade imediata disso. A decisão de fazer não é problema para a gente, mas temos que levar em conta o processo do Renan. Não podemos dispensar o foco", disse o deputado Ivan Valente (PSol-SP).

A deputada Luciana Genro (PSol-RS) defende a representação contra Roriz com o argumento de que o partido não pode se omitir diante da gravidade das denúncias. "Não dá para se confrontar com denúncias desse calibre e não tomar atitude. Vamos decidir qual o encaminhamento. Mas deve ser uma representação ao Conselho de Ética", afirmou.

O senador Romeu Tuma (DEM-SP) pretende abrir investigação na Corregedoria do Senado sobre Roriz. Tuma, que está fora do Brasil, vai pedir amanhã à Polícia Civil e ao Ministério Público Federal cópias da investigação e das gravações realizadas na Operação Aquarela – que desmontou esquema de desvio de recursos do BRB.

Antes de abrir a investigação, Tuma vai esperar a decisão do PSol sobre uma possível representação contra o senador peemedebista no Conselho de Ética do Senado.

Se o partido decidir representar contra Roriz, Tuma não descarta deixar as investigações para o conselho – a exemplo do que aconteceu no processo contra Renan.

Roriz é alvo de denúncias de que teria negociado R$ 2,2 milhões de origem não conhecida. Conversas gravadas em 13 de março, com autorização judicial, registraram o senador supostamente combinando partilha de dinheiro com Tarcísio Franklin de Moura, ex-presidente do BRB.

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