A rotina com crianças em casa é tão intensa que não são poucas as vezes que uma mãe acaba ficando o dia inteiro sem conversar com um único adulto| Foto: Alexander Dummer/Unsplash
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Mãe que tem uma carreira profissional e mãe que fica em casa. Ambas trabalham e exercem a maternidade em tempo integral, afinal uma mãe que vai a um escritório diariamente ou que tem seu próprio negócio não deixa de ser mãe, assim como uma mãe que fica em casa não deixa de trabalhar.

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Independentemente das circunstâncias, todas as mães enfrentam muitos desafios nesse ajuste da vida após a chegada dos filhos. Mulheres que por opção ou necessidade precisam trabalhar fora, sentem-se culpadas na grande parte das vezes em que deixam os filhos na escola. Já as mães que optam por ficar em casa com os filhos também por opção ou necessidade, enfrentam os olhares julgadores de quem acha que isso não é correto, de que elas são “encostadas” e de que não têm perspectiva ou grandes aspirações.

É imperativo, portanto, que essa mãe que se dedica ao lar lembre que sua atividade diária em casa é igualmente desafiadora, pode ser solitária e de maneira alguma a faz menos mulher do que outras. A rotina com crianças em casa, por exemplo, é tão intensa que não são poucas as vezes que uma mãe acaba ficando o dia inteiro sem conversar com um único adulto. Por isso, é bem importante que toda noite, pai e mãe tirem um tempo para conversar a sós sobre como se sentem (muitas vezes, o marido também se sente sozinho durante o dia). Além disso, colocar na agenda encontros semanais com as amigas pode ajudar as mães a relaxarem e, principalmente, lembrar que não estão sozinhas.

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Outro fator desafiador à mãe que permanece em casa é que ao passar os dias sempre junto às crianças, ela crie uma dependência emocional e uma grande ansiedade pela separação que em algum momento virá. Então, começar a criar desde cedo momentos em que essa mulher e seus filhos se separam é válido. Isso ajuda também as crianças a terem mais autonomia e a mãe exercita um certo tipo desapego, que é fundamental para o seu futuro, afinal mais cedo ou mais tarde o seu “ninho” ficará vazio.

E por fim, um grande desafio é não deixar de ser uma mulher com suas próprias vontades e atividades! Estando em casa o dia todo com as crianças, de tempos em tempos, muitas mães podem começar a se questionar: “Além de esposa e mãe, o que eu sou?”, “Pelo que sou apaixonada?” “O que gosto de fazer?”. É necessário recordar que se é uma mulher com gostos pessoais, hobbies, dons e habilidades. Não deixar que a rotina intensa minimize suas características individuais é fundamental para levar a maternidade com mais tranquilidade.

Esse conteúdo originalmente foi publicado no portal Sempre Família em 16/3/2020