Depois de ter o carro roubado em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), uma mulher, de aproximadamente 37 anos, foi feita refém por cerca de 3 horas, na noite da sexta-feira (28). A vítima foi abordada por volta das 20 horas e levada a uma casa no bairro Nemerê, em São José dos Pinhais, também na RMC. Ela foi libertada pelas Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone) da Polícia Militar antes da meia-noite. Oito pessoas suspeitas de participar do assalto, do sequestro e do transporte do carro foram presas na RMC e em Umuarama, no Noroeste do Paraná, até as 4 horas da manhã deste sábado (29). Um adolescente e uma arma foram apreendidos.

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De acordo com a Polícia Militar (PM), o marido da vítima acionou o serviço de rastreamento do veículo, uma caminhonete Toyota Hilux, depois de tentar falar com a mulher pelo telefone. Da primeira vez, ela teria atendido e dito que não poder falar, depois não atendeu mais às ligações.

Menos de uma hora depois do assalto, a PM localizou o carro em Campo Largo, na RMC, perto da praça de pedágio de São Luiz do Purunã, na BR-277. "O motorista disse ser apenas o receptador. Ele informou que levaria o carro para Guaíra", conta o tenente Rildo Fausto Kops Neto, da Rone. O suspeito foi preso. O veículo foi encaminhado para a delegacia de São José dos Pinhais.

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Perto da meia-noite, o serviço de inteligência da PM conseguiu localizar o cativeiro e libertar a vítima. Segundo o tenente Kops, ela estava amarrada em um dos quartos, na residência em São José dos Pinhais. Ela contou aos policiais que sofreu violência psicológica, mas não foi ferida fisicamente. Dois homens e uma mulher foram presos na casa. Um menor – de 15 anos – e uma arma calibre 6.35 foram apreendidos no local.

A Polícia Militar de Umuarama entrou no caso e conseguiu localizar os suspeitos de receptar o veículo naquela cidade. De lá, a caminhonete seguiria para Guaíra, no Oeste do estado. Por volta das 3 horas da manhã do sábado, três homens e uma mulher foram presos na cidade do Noroeste, em um posto de combustível, local onde estava marcada a entrega do carro roubado. As polícias de Umuarama e São José dos Pinhais investigam o caso.

Segundo o tenente Kops, roubos de caminhonete são comuns nesta época do ano, para transporte de drogas nas regiões de fronteira. "O que causa estranhamento é eles terem mantido a vítima refém, mesmo depois do carro estar longe. Geralmente, a vítima é abandonada pouco tempo depois. Isso leva a supor que seriam dois crimes diferentes, que eles pediriam resgate à família."