A frequente ocorrência de roubos e furtos de veículos nos últimos meses no Jardim Social, em Curitiba, tem alarmado comerciantes e moradores do bairro. Na manhã desta quarta-feira (17), um funcionário de uma clínica veterinária na Rua Fagundes Varela teve o carro roubado por um rapaz armado. Na mesma região, ao menos três pessoas tiveram os carros roubados nos últimos três meses.
De acordo com Roberto Freitas, de 42 anos, funcionário da clínica veterinária, o roubo de veículos é comum no bairro. "Não tem policiamento na região. Raramente você vê uma viatura passando e a bandidagem faz o que quer", desabafa. Freitas conta que diversos clientes da veterinária já foram assaltados e o roubo de veículos vem se repetindo semanalmente.
A falta de segurança no bairro também incomoda a empresária Luiza Arlete Mosko da Cunha, de 33 anos. Ela é proprietária de um berçário localizado também na Fagundes Varela. Luiza disse que o carro do vizinho, Roberto Freitas, foi levado no mesmo local onde o veículo dela foi roubado há dois meses. "Quando eu estacionei e dei a volta no carro, um homem simplesmente me pediu a chave do carro", relatou. Luiza explicou que não só ela, mas várias mães que deixam seus filhos no berçário também tiveram os veículos roubados.
A proprietária afirmou que há um mês e meio uma mãe foi roubada em frente ao berçário. "Dois rapazes a abordaram. Eles a chutaram para fora do carro e estavam armados", relatou Luiza. Após várias situações parecidas de roubo, a empresária disse que sente medo de ser assaltada novamente. "Não posso mais ver ninguém passando na rua que fico desconfiada", comentou.
A assessoria da Polícia Militar informou no fim da tarde desta quarta-feira que o 20° Batalhão, responsável pela região, realiza o patrulhamento preventivo e ostensivo diariamente e que operações esporádicas são feitas no local para o combate da criminalidade.
O trabalho de investigação dos crimes, assim como a localização dos veículos roubados, é tarefa da Polícia Civil. O titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos de Curitiba, Renato Bastos Figueiroa, informou que teria que fazer um levantamento estatístico para estudar a criminalidade no bairro. O delegado, que foi procurado pela reportagem da Gazeta do Povo por volta das 17h30, explicou que os dados ficam disponíveis no sistema até as 17 horas.