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Violência

Roubos repetidos levam medo a avenida central

Comerciantes têm reclamado de assaltos frequentes na região | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Comerciantes têm reclamado de assaltos frequentes na região (Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo)
Imagem de segurança mostra primeiro roubo do mês, no dia 3 |

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Imagem de segurança mostra primeiro roubo do mês, no dia 3

Nos últimos três meses, os comerciantes com negócios na Avenida Sete de Setembro, nas proximidades do Shopping Curitiba, têm sofrido na mão de criminosos. Um dos estabelecimentos, inclusive, foi assaltado todas as semanas deste mês, com o último caso registrado no dia 19. "Os assaltos não são um fato novo, mas a frequência com que têm acontecido é preocupante", explica uma vendedora que não quis se identificar. Em todas as situações, os criminosos entraram armados nos estabelecimentos.

Os roubos não têm horário para acontecer. E isso leva ainda mais preocupação aos funcionários das lojas, que não conseguem determinar um período mais crítico e tentar se proteger. Os assaltantes também não se preocupam com o movimento de pessoas na rua ou no interior dos estabelecimentos. São sempre homens.

Cruzando as imagens das câmeras de segurança de alguns estabelecimentos, percebe-se que os assaltantes são os mesmos em boa parte das situações. A duração média dos assaltos, de acordo com um dos comerciantes, é de 40 segundos. "Eles procuram aqueles comércios onde podem conseguir dinheiro na hora, pelo movimento constante de clientes", explica outra lojista. Em uma das imagens, um dos criminosos aparece fazendo caretas para a câmera. "Naquele dia, além das caretas, esse rapaz chamou os clientes de bandidos", completa. A insegurança tem afetado, inclusive, o quadro de funcionários dessas empresas: os pedidos de demissão têm se tornado fato comum.

Eles comentam também que o módulo da PM na Praça Oswaldo Cruz tem somente um policial e que, por trabalhar sozinho, ele não pode ajudá-los em caso de roubo. Segundo os lojistas, é uma convenção da polícia que os agentes trabalhem sempre em dupla. Consultado, o 12.º Batalhão de Polícia Militar (BPM) – a unidade responsável pelo policiamento na região central da cidade – confirmou a informação e assinalou que aquela é uma base comunitária, mas que os policiais ali lotados podem sim receber a chamada dos lojistas.

Sem efetivo

Na semana passada os comerciantes conseguiram uma reunião na 1.ª Companhia do 12.º BPM. A resposta dada pelo capitão Vinícius Lobo foi que não há efetivo suficiente para atender a toda a localidade. Entretanto, ele disse que pode disponibilizar viaturas para fazer a ronda na região e deixou um telefone direto, para auxiliar nos chamados.

Mas essa ainda não é a melhor solução na opinião dos lojistas, que pedem a presença de dois policiais militares fazendo a ronda na região, a pé. Eles entendem que dessa forma a polícia teria mais agilidade para chegar ao local do crime e fazer o flagrante.

O capitão João Carlos Toledo Júnior, relações públicas do batalhão, disse que para que sejam tomadas as medidas cabíveis é preciso que seja registrado o boletim de ocorrência no 1.º Distrito Policial (de acordo com ele, nos últimos dois meses há somente quatro registros nesta região da Avenida Sete de Setembro) e que os telefones repassados pelo capitão Vinícius Lobo sejam usados para denúncias. Somente dessa forma a PM poderia fazer o planejamento preventivo da área.

O superintendente do 1.º Distrito, Adolfo Rosevics Filho, que há 15 dias assumiu seu posto na delegacia, explica que a situação do Centro, no geral, é crônica, mas que a equipe do distrito está focada no combate ao tráfico de entorpecentes e na solução de casos de furtos e roubos.

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