Assaltos e arrombamentos a lojas da Rua Carlos de Carvalho, uma das principais vias comerciais da região central de Curitiba, preocupam cada vez mais os comerciantes. Reclamações sobre a falta de segurança são repetidas de porta em porta. A Gazeta do Povo percorreu três quadras da rua nos bairros Centro, Batel e Bigorrilho conversando com lojistas. Dos 21 estabelecimentos visitados, dez (47,61%) já tiveram alguma experiência desagradável com bandidos três deles neste mês. "O policiamento é péssimo e, além disso, quando fomos assaltados, os policiais levaram duas horas para chegar", conta a comerciante Sidinéia Fonseca.
Cenas gravadas pelo sistema de vigilância interno de uma loja de móveis e objetos de decoração, na esquina com a Rua Brigadeiro Franco, mostram a ação de bandidos. Às 5h23 do domingo retrasado, dia 19, três rapazes trazem uma pedra e sentam na mureta em frente ao estabelecimento. Os três se preparam colocando os gorros de seus casacos. Um deles ergue a pedra e joga contra a vitrine da loja. Os outros sacam armas e rendem o vigia que aparece para verificar o que acontecia.
Enquanto o segurança está na mira de um dos assaltantes que fica do lado de fora, os outros entram na loja. Dois deles saem carregando um televisor de plasma e, logo após, o último aparece levando um aparelho de DVD. A ação dura menos de dois minutos. Às 5h25, já haviam deixado o local. "Não dá mais para ter vitrines. Vamos ter que colocar portas de aço", afirma a gerente da loja, Cleusa de Souza.
O prejuízo estimado pela loja é de R$ 11 mil. Segundo Cleusa, falta policiamento na região. "A gente não vê polícia durante a semana, mas no fim de semana é pior", conta. "Não temos ronda à noite, só durante o Natal. Cada vez mais nós temos que fazer o papel do estado. Estamos cada vez menos protegidos", critica. A maioria dos comerciantes da rua trabalha durante o dia com as portas fechadas e vigiados por câmeras, além de usarem outros equipamentos de segurança.
Do outro lado da rua, uma loja de roupas foi arrombada no final de semana anterior, na madrugada de sábado, dia 11. O estabelecimento se encontra fechado e vazio. A porta de vidro foi arrombada e os ladrões saquearam praticamente todos os produtos. Dois estabelecimentos vizinhos, uma lanchonete e uma casa lotérica, também já foram roubados.
O terceiro arrombamento das últimas semanas foi a três quadras dali, em uma outra loja de decoração. Às 7 horas do dia 4, sábado, os bandidos pularam o muro e entraram pela porta dos fundos. Funcionários se sentiram até aliviados pelo fato do prejuízo ter sido relativamente pequeno: apenas um telefone e um fax foram levados. "Tive que implorar para um policial vir até a loja. Foi um sacrifício. O atendimento foi péssimo", relata o comerciante Jony Veit.
O prejuízo de um assalto a uma terceira loja de móveis ficou em R$ 20 mil. No final de novembro, de madrugada, bandidos entraram pela porta lateral e levaram uma TV de plasma e objetos de decoração. "Depois que uma situação dessas acontece, a polícia aparece com freqüência por umas duas semanas", afirma o supervisor comercial Daniel Pegoraro.
Serviço: Além do 190, denúncias da região podem ser feitas a policiais do Projeto Povo, que atendem 24 horas. Os telefones são 9925-5236 (Centro) e 9925-5011 (Batel).
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