Cena da peça "A Descoberta das Américas"| Foto: Divulgação/Diego Pisanti

A raspagem e a limpeza com água quente não foram suficientes para retirar a grossa camada de cera que se formou na Rua Francisco Nunes, no bairro Rebouças, depois que cerca de 630 litros de parafina se espalharam pelo asfalto. Técnicos da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) de Curitiba acompanharam por dois dias a lavagem do local. Mas por causa dos riscos de acidentes, já que a via continuava escorregadia, ficou decidido que a primeira camada do asfalto seria retirada para receber novo recapeamento.

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"Aparentemente parecia que o asfalto estava limpo, mas a parafina ficou impregnada, deixando a pista extremamente lisa", afirma Jean Carlos Pfutze, da Comdec. Ontem à tarde, funcionários contratados pela empresa Brasceras, responsável pelo caminhão que transportava o produto, fizeram o frisamento (retirada do asfalto) e hoje pela manhã a via deve ser recapeada. No final do dia, o trânsito foi liberado e hoje pela manhã a rua funcionará em meia-pista, com orientação dos agentes de trânsito. Segundo Pfutze, a empresa Brasceras arcou com as despesas. "Eles foram notificados pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente para que se responsabilizassem pelo ocorrido e assim o fizeram", diz. Pelo fato de a parafina não ser ofensiva ao meio ambiente, a empresa não foi multada.

O pátio de uma residência na rua, que também foi atingido pela parafina, foi limpo ontem à tarde por outra equipe de limpeza contratada pela Brasceras. Ainda ontem, as calçadas atingidas já estavam em condições de uso.

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O vazamento da parafina líquida trouxe transtornos não só para o trânsito. Moradores e comerciantes estão impacientes com a situação. Para o proprietário da loja Moto Dax, Luiz Felipe Almeida, o bloqueio da rua também prejudicou o faturamento da loja. "A sorte é que temos alguns clientes que já conhecem nosso estabelecimento, o que ajudou durante estes dias."

A parafina líquida vazou de um caminhão-tanque na segunda-feira pela manhã, após uma freada brusca do motorista. A tampa de vedação do tanque, que estava com problema, se rompeu, espalhando o produto em ambos os lados da rua. Segundo o encarregado de logística da Brasceras, Jefferson Cordeiro, o motorista não será penalizado pelo acidente, já que a falha foi do equipamento.