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A violência teve endereço certo neste fim de semana: Rua Crescêncio Batista, no bairro Perdizes I, Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Na noite de sexta-feira, três pessoas foram baleadas em frente a um bailão – uma delas morreu na manhã de sábado no Hospital Cajuru. Já na madrugada de domingo, um rapaz de 22 anos foi executado com três tiros na mesma via, a cerca de 500 metros de onde ocorreu o primeiro tiroteio.

O primeiro caso ocorreu por volta das 23h30, quando um casal parou um Celta vermelho em frente ao bailão Hora Extra. Segundo o superintendente da delegacia de Pinhais, Valdir Bicudo, os dois perguntaram pelo nome de um rapaz e logo em seguida atiraram.

"Encontramos entre 8 e 10 tiros de pistola 380 na parede do bailão", conta Bicudo. Um dos tiros atingiu a barriga do segurança Renato Alves de Moraes Filho, 34 anos, que morreu. Outros disparos acertaram Moacir Alves Pereira, 27 anos, e Augusto Ferreira, 27 anos. Os dois foram atendidos no Hospital Cajuru e passam bem.

De acordo com o superintendente, na hora do crime, aproximadamente 120 pessoas estavam no bailão. "Como a lei do município permite que bares funcionem apenas até 23 horas, o alvará do estabelecimento foi cassado", relata Bicudo. Vizinhos contam que as festas da casa normalmente se estendem madrugada adentro. "No final, o pessoal sobe e desce a rua discutindo", conta um morador que há 16 anos vive na região e pediu para não ser identificado.

A execução do rapaz, por sua vez, ocorreu por volta das 4h30 deste domingo. O engraxate Leandro Alves de Moraes, 22 anos, foi morto com três tiros. Segundo a polícia, os assassinos invadiram a casa em que a vítima estava e mataram-na. A dona da residência conta que Leandro teria ido até a casa da frente em busca de socorro e morreu na porta.

"Foi um acerto de drogas", avalia Bicudo. "Tinha menina metida no meio dessa história", diz a mãe Amélia Alves de Moraes. Apesar do mesmo sobrenome, as vítimas dos dois casos não eram parentes.

Apesar do fim de semana violento, moradores da Rua Crescêncio Batista dizem que a região é normalmente tranqüila. "Isso é coisa de pessoal de fora que chega bagunçando", conta uma moradora. "A rua é iluminada à noite e bem movimentada. O que falta é uma lombada", relata uma dona de casa. "A rua é tranqüila. Agora vamos ter de ver daqui em diante", afirma outra moradora.

Outras 14 pessoas morreram de forma violenta neste fim de semana na Grande Curitiba.

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