• Carregando...
Espaço estava desocupado há cerca de oito anos, quando a Fundação Cultural de Curitiba deixou o local | Valdecir Galor/SMCS
Espaço estava desocupado há cerca de oito anos, quando a Fundação Cultural de Curitiba deixou o local| Foto: Valdecir Galor/SMCS

Um antigo espaço da prefeitura de Curitiba, cedido à Fundação Cultural da cidade, foi demolido na manhã desta sexta-feira (16). O espaço ficava sob o viaduto do Capanema, na Rua Omar Sabbag, entre a linha férrea e a Avenida Prefeito Maurício Fruet.

Segundo a administração municipal, a demolição foi realizada devido a reivindicações dos conselhos de segurança do Jardim Botânico e do Cristo Rei – bairros próximos às ruínas –, que teriam reclamado da utilização do espaço por usuários de drogas.

A prefeitura informou que, algumas horas antes do início da demolição, uma equipe da Fundação de Ação Social (FAS) recolheu 12 moradores de ruas que estavam nas ruínas. Mais tarde, outros três foram recolhidos. Todos foram encaminhados a espaços do FAS para receber alimentação e também para que pudessem se higienizar. Não havia crianças nem adolescentes no lugar.

Um dos encaminhados – um homem de 22 anos – concordou ainda em receber tratamento contra dependência química. Por volta das 16 horas desta sexta, oito dos quinze já haviam deixado as casas da fundação para onde foram levados.

Espaço

O espaço estava inutilizado há cerca de oito anos. Antes de ficar vaga, a construção abrigava a marcenaria interna da Fundação Cultural, onde trabalhavam cerca de vinte pessoas na produção de móveis para teatros, circos e demais ambientes de uso do órgão. Atualmente, a marcenaria da fundação está localizada na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).

O trabalho de demolição envolveu as secretarias de Obras e Meio Ambiente, a Fundação de Ação Social e a Guarda Municipal.

Segurança

A reivindicação para a demolição do espaço público próximo ao Viaduto do Capanema já vinha sendo feita há mais de dois anos, mas o retorno só veio nessa semana, informou a presidente do Conselho de Segurança do Jardim Botânico Fátima Maia. De acordo com ela, a junção de usuários de drogas no ponto era uma das principais reclamações dos moradores, que evitavam passar pelo local com medo de assaltos e abordagens.

"Eu ficava com vergonha porque não tinha mais resposta para dar aos meus moradores sobre como ficaria a questão do viaduto. Aquilo ali é um mocó, onde ser vendia droga e se usava droga. Foi um grande gol que o Conseg marcou hoje", disse.

A criação do Conselho de Segurança do Jardim Botânico, em novembro de 2011, é uma das ações da campanha Paz Sem Voz é Medo, do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCOM), que incentiva a sociedade a lutar pelos seus direitos frente e não se calar diante das diversas formas de violência que fazem parte da rotina da população.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]