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O Rumble, concorrente do Youtube, anunciou sua saída do Brasil em protesto contra a onda de censura que vem sendo imposta a seus usuários por meio de ordens judiciais e da pressão do governo Lula. O anúncio foi feito no dia 22 de dezembro pelo presidente do Rumble, Chris Pavlovski.
Dois dias antes do anúncio, a plataforma chegou a tirar parcialmente o canal Terça Livre do ar em cumprimento a uma ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O canal Terça Livre é mantido pelo jornalista exilado Allan dos Santos.
No anúncio, Pavlovski não cita a ordem de Moraes nem se refere a um usuário em específico.
A Gazeta do Povo entrou em contato com o presidente do Rumble para saber se o anúncio tem ligação com a ordem de Moraes para derrubada do Terça Livre, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.
Ao acessar o site da plataforma, os usuários têm se deparado com a seguinte mensagem: “Devido às exigências do governo brasileiro para remover criadores de nossa plataforma, o Rumble está atualmente indisponível no Brasil. Estamos desafiando estas exigências do governo e esperamos restaurar o acesso em breve”.
Pela rede social X, Chris Pavlovski disse que não será intimidado “pelas exigências estrangeiras para censurar criadores do Rumble”.
Pavlovski também disse que está decepcionado com o Judiciário brasileiro, mas assegurou que a medida não terá impacto negativo no financeiro da empresa.
Mesmo que o Rumble tenha ficado indisponível para o Brasil, o serviço ainda pode ser acessado por meio de uma Rede Privada Virtual ou VPN (sigla em inglês para Virtual Private Network).
Por meio de nota, Pavlovski informou que decidiu desabilitar o acesso ao Rumble temporariamente enquanto contesta as decisões judiciais.
Veja a nota na íntegra.
Recentemente, os tribunais brasileiros exigiram que removêssemos certos criadores do Rumble. Como parte da nossa missão de restaurar uma internet livre e aberta, comprometemo-nos a não alterar as metas das nossas políticas de conteúdo. Os usuários com opiniões impopulares são livres para acessar nossa plataforma nos mesmos termos que nossos milhões de outros usuários. Dessa forma, decidimos desabilitar o acesso ao Rumble para usuários no Brasil enquanto contestamos a legalidade das demandas dos tribunais brasileiros.
Estamos decepcionados com as decisões judiciais que causaram ao povo brasileiro a perda da capacidade de visualizar uma ampla gama de conteúdo do Rumble. Esta ação não terá um efeito material em nosso negócio, mas esperamos que os tribunais brasileiros reconsiderem suas decisões para que possamos restaurar o serviço em breve.