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Cascavel – Os ruralistas do Oeste do Paraná estão se unindo contra as invasões de terra. Esta semana eles criaram, em Cascavel, o Movimento dos Produtores Rurais (MPR), com o objetivo de promover, a partir de agora, despejos forçados de sem-terra que ocupem propriedades na região. Cada integrante do grupo, estimado em 150 fazendeiros, vai contribuir com R$ 200/mês para compor um fundo para a contratação de seguranças armados (se for necessário) e promover vigilância em áreas de conflitos agrários.

O presidente da Sociedade Rural do Oeste (SRO), Alessandro Meneghel, é um dos líderes do movimento. "Não estamos promovendo a violência. Estamos apenas defendendo o nosso direito de propriedade e nos defendendo dos atos de violência praticados pelos sem-terra", afirmou Meneghel, que já foi denunciado este ano pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) por atos de perseguição e violência contra integrantes do movimento.

A intenção dos ruralistas é repetir os procedimentos adotados na ação do sábado passado, quando 40 seguranças contratados por fazendeiros promoveram o despejo de 70 integrantes do MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra), que ocupavam a Fazenda Gasparetto, em Lindoeste. No confronto, sete pessoas saíram feridas, entre sem-terra e seguranças.

Para Meneghel, a criação do MPR é a maneira encontrada pelos ruralistas para viabilizar as ações de expulsão dos sem-terra à revelia da lei. "O governo do estado está sendo conivente com os movimentos de sem-terra e não tem feito às desocupações das áreas invadidas e que já têm ordens de reintegração de posse expedidas pela Justiça". Na Região Oeste, pelo menos 17 propriedades, segundo a SRO, estariam nesta situação.

A Secretaria de Segurança Pública do Paraná manifestou-se sobre o assunto através de sua assessoria de imprensa. Ela informou que a Polícia Militar está atenta aos acontecimentos em Cascavel e região e que qualquer ato que contrarie a lei será punido como determina a legislação.

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