As comemorações do aniversário de Curitiba começaram cedo ontem. Uma delas aconteceu no Bosque da Casa Gomm, no Batel, por volta das 10 horas. Cerca de 50 pessoas se reuniram no local para festejar e aproveitar a ocasião para reivindicar que a prefeitura transforme o espaço em um parque.
Ao som de Maxixe Machine, os participantes comeram um bolo feito para a ocasião. Os integrantes da banda tocaram no Bosque como forma de protestar também contra o fim do projeto da Fundação Cultural de Curitiba "Música nos Parques". "Queremos lançar uma reflexão e fazer com que as pessoas pensem sobre qual cidade elas desejam", diz um dos participantes do movimento, o advogado Mathieu Struk.
Desde que o movimento Salvemos o Bosque da Casa Gomm começou, há um ano, dezenas de pessoas usam o local para ler, meditar e plantar árvores (foram mais de 100 mudas até agora). O grupo teve a iniciativa depois que o Shopping Pátio Batel foi construído e a prefeitura cogitou fazer uma obra no local para minimizar o impacto do trânsito na região.
A psicopedagoga Ana Karina Elmessane e a historiadora Maria Cristina Lindstran, participaram do evento. Elas estavam lá para ouvir a banda e lutar pela preservação do patrimônio. "O que queremos é a manter o espaço público. É o mais importante", diz Maria Cristina.
A Casa Gomm foi construída em 1913. Dois pavimentos, o sótão e o entorno são tombados pelo Processo 04/1988, do Cepha. Originalmente, o imóvel ocupava o espaço onde foi erguido o shopping.
