Os quatro saca-rolhas gigantes que foram instalados em quatro pontos distintos de Curitiba - e que estão aguçando o imaginário das pessoas que passam por esses locais - foram instalados para divulgar o Festival Internacional do Teatro de Objetos (Fito). Promovido pelo Sesi, o evento será realizado na capital paranaense entre 25 e 27 de maio, no Museu Oscar Niemeyer, no Centro Cívico.
Segundo a produtora cultural Bina Zanette, os saca-rolhas remetem à imagem de uma bailarina. O objetivo das instalações foi justamente atrair o olhar das pessoas e fazer com que elas tentassem descobrir o real significado dos objetos "gigantes" em via pública. "A intenção era provocar a imaginação dos curitibanos, de uma forma lúdica. Com isso, chamamos a atenção para o Fito", diz Bina. A divulgação oficial do evento começa nesta terça-feira (8). A programação pode ser vista no site oficial do festival.
As instalações foram feitas com o aval da Secretaria de Municipal de Urbanismo, que expediu autorizações de uso de logradouro público. Com isso, os saca-rolhas gigantes devem permanecer em via pública até o fim do festival. As peças estão montadas no cruzamento da Rua Barão do Cerro Azul com a Travessa Nestor de Castro, na Praça Osório, na Praça Oswaldo Cruz e no Parque Barigui.
Antes de serem trazidas a Curitiba, os saca-rolhas já haviam sido apresentados em outras capitais brasileiras, onde o Fito já foi realizado. As peças são de madeira, revestidas com pinturas metálicas. Na capital paranaense, o festival vai reunir 13 companhias de sete países e vai contar com apresentações gratuitas e show do cantor e compositor Tom Zé.
Peças chamaram a atenção dos curitibanos
A estratégia de divulgação do Fito parece ter surtido efeito. Pela manhã, os curitibanos não passaram indiferentes pelas peças gigantes. Tomados pela curiosidade, muitos tentaram descobrir o motivo pelo qual os saca-rolhas foram colocados nas ruas. "É para fazer propaganda de alguma empresa", opinou a dona de casa Zilda Bineo, 77 anos. Este também foi o palpite da dona de casa Izanete Bruno, 56 anos, e do advogado André Almeida, de 40 anos.
Houve quem "brincou" com a presença dos objetos inusitados e optou pelo humor para achar uma resposta ao mistério. "Estão querendo extrair alguma coisa. Deve ser petróleo", divertiu-se, o designer Guilherme Terra, de 20 anos. Na opinião do eletricista Pedro Germano da Silva, 50, a exposição dos saca-rolhas é uma maneira de incentivar as pessoas a beber vinho. "Ainda mais agora que o inverno está chegando. Vinho no inverno é muito bom", disse.
O artista Zilton Máximo da Silva criticou a prática. "No lugar de desestimular o consumo de bebida alcoólica, estão ajeitando para o povo beber mais cachaça", esbravejou. Já o digitador Rodrigo Doneda, 33 anos, ficou procurando uma possível placa que explicasse o objetivo da exposição dos saca-rolhas gigantes. "É para pescar as ideias das pessoas, estimular a imaginação. Acho que vai chegar uma garrafa de vinho gigante para distribuir aos curitibanos", brinca.
Para a produtora cultural do Fito, Bina Zanetti, as opiniões das pessoas são a prova de que as instalações surtiram efeito e que a divulgação do festival atingiu seu objetivo. "Foi bem divertido saber das opiniões das pessoas, o que povoa o imaginário delas", disse, entre risos.
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