Segunda e quinta-feira entre as 18h e 0h são os dias e os horários preferidos pelos ladrões no Paraná. O dado está disponível no site da Secretaria de Segurança Pública do Paraná e Administração Penitenciária e aponta os picos de ocorrências de furtos e roubos no estado. A reportagem da Gazeta do Povo esmiuçou as informações para apresentá-las no gráfico abaixo.
No primeiro trimestre de 2016 foram registrados 20.052 roubos em todo Paraná, 27% a mais que no mesmo período do ano passado. Além disso, os furtos cresceram 14% em 2016. A população registrou 45, 3 mil furtos no primeiro trimestre.
Para o delegado-chefe da Divisão de Crimes Contra o Patrimônio da Polícia Civil do Paraná, Miguel Stadler, esse tipo de crime sempre apresenta um padrão específico, mas migra rapidamente conforme a polícia pressiona os criminosos com prisões e patrulhamento.
Nos casos de furtos e roubos nas ruas, que registraram picos às segundas-feiras entre meio-dia e 18h, a busca dos suspeitos é por locais com movimentação de pessoas. Mas não grandes concentrações. O motivo é estratégico. Segundo o delegado, os ladrões procuram agir e fugir rápido. “Eles buscam concentrações de pessoas, mas não muito grande e verificam sempre as áreas periféricas para rotas de fuga, normalmente, com motocicletas”, explicou. A mesma dinâmica se aplica aos crimes dentro de estabelecimentos comerciais.
Roubos à residência: os mais temidos
Os roubos às residências acontecem principalmente às quartas-feiras. O pico nestes dias do primeiro trimestre deste ano chegou a 180 registros. De acordo com o delegado, normalmente, são ladrões mais especializados que planejam o crime. Eles aguardam, verificam a rotina da família e abordam na entrada ou na saída das casas.
“Esse é aquele que se prepara, levanta informações sobre o imóvel. Quando é furto, o criminoso também é mais variado. Há aquele que bate palma, vê que não tem ninguém e entra e tem aquele que espera e planeja”, comentou o delegado.
O delegado afirmou que a maior parte dos ladrões de residência que tem atuado no estado é jovem entre 16 e 20 anos. Nos que atuam em Curitiba, muitos são da região metropolitana.
Mapeamento
Stadler contou que a Polícia Civil e Militar têm atuado em pequenas operações para, além de fazer prisões em flagrante, verificar a migração dos criminosos. Além disso, explicou também que a polícia tem analisado as características dos locais onde os crimes ocorrem para checar se há um padrão e tentar identificar quem são os principais grupos que cometem crimes contra o patrimônio no estado.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná, que respondeu pelas duas polícias, infirmou que, com a locação das 200 viaturas para o trabalho ostensivo e preventivo da PM, atuará nos locais e horários com mais incidência criminal. Como as novas viaturas têm tecnologia embarcada, poderá ser auditada a passagem dos policiais pelos locais corretos.
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