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Este ano, o mês de fevereiro terá 29 dias e não 28, como é costumeiro. 2016 é, portanto, o que chamamos de um ano bissexto. Mas, você sabe o porquê de precisarmos adicionar um dia a mais em determinados anos?

A explicação para o dia extra no calendário está justamente onde todos os seres humanos vivem, ou seja, na própria Terra. O ganho de um dia se dá pelo fato da rotação do planeta em torno do Sol não durar 365 dias exatos, mas sim 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. Convenciona-se portanto que cada ano terá um total de 365 dias e as quase 6 horas que sobrarem serão somadas ao longo dos próximos anos. O que significa que, a cada quatro anos, estas 6 horas somarão 24, ou seja, um dia inteiro.

Minutos

Os mais atentos sentirão a falta também dos minutos arredondados pela definição de 6 horas e não 5 horas, 48 minutos e 46 segundos reais. Esses minutos também são corrigidos a cada 400 anos.

Pela correção, portanto, três regras definem um ano como sendo bissexto:

1 - Anos bissextos são aqueles que são matematicamente divisíveis por quatro.

2 - Se esse ano também for divisível por 100, ele já não é considerado bissexto

3 - Porém, se ele também for divisível por 400 aí ele é volta a ser considerado bissexto.

Mas qual é o motivo de não apenas ignorar estas 6 horas a mais do ano?

A resposta pode ser dada, ou melhor, observada a longo prazo. Quando se passarem 120 anos, essas quase 6 horas que sobram, se somadas, formariam 30 dias, ou seja, um mês inteiro. Se simplesmente ignorassemos este mês, os calendários não serviriam para quase nada.

“A humanidade sempre usou calendário para definir coisas importantes, como períodos de plantio e de colheita, tempos de frio e de calor, por exemplo. Se ignorarmos as mais de 5 horas que sobram, os dias marcados no calendário não vão definir nada, viraria uma bagunça. Precisamos definir dias exatos para os acontecimentos, por isso é importante que se faça essa correção a cada 4 anos”, ressalta João Carlos de Oliveira, astrônomo da FTD Digital Arena, em Curitiba.

Como as estações são determinadas pela posição da Terra em relação ao Sol, ignorar as horas a mais do ano por um longo período formaria uma bola de neve e não se saberia ao certo em que dia começa o verão ou termina a primavera, por exemplo. O calendário de papel não estaria representando a posição real do planeta em relação ao Sol e traria uma confusão na agricultura e diversas outras atividades cotidianas marcadas pelo calendário.

Por que o dia a mais é colocado em fevereiro?

O mês foi escolhido por convenção. “ Tivemos muitos calendários, vários muito importantes. Quando criou-se o calendário gregoriano, em 1582, pelo papa Gregório XIII, convencionou-se que esse dia a mais seria colocado no final do mês de fevereiro. É uma convenção que já era adotada no calendário alexandrino, usado pelos romanos, mantida com a criação do calendário gregoriano”, explica o astrônomo.

Também resultado do calendário gregoriano é que surge o nome “bissexto”, que significa dois dias antes do sexto dia antes das calendas de março. “Apesar do nome se referir aos dias antes das calendas de março, popularmente as pessoas associam o bissexto ao número de dias do ano, ou seja, 366. Acreditam que bissexto se refira aos dois seis do número 366, mas históricamente está errado”, conta Oliveira.

Colaborou: Getulio Xavier.

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