Um dos locais em que se pode doar sangue em Curitiba é o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), que é uma unidade da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa). A instituição distribui sangue para 384 hospitais públicos, privados e filantrópicos do Paraná. Na sede da capital, o melhor dia de doação é a segunda-feira. A coleta leva cerca de 10 minutos, mas o procedimento todo dura aproximadamente 1 hora. A partir da segunda ida ao banco de sangue, a doação será mais rápida, já que o cadastro já estará feito.
Ao chegar ao Hemepar, a pessoa fará um cadastro. Depois, o doador passa por uma entrevista, na qual a honestidade é fundamental para garantir o bem-estar de quem o receberá . Alguns vírus, como o HIV e os responsáveis pela hepatite B e C, têm uma janela imunológica de dez dias.
“O teste do ácido nucleico (NAT) detecta com precisão se o sangue tem a presença de algum vírus. Mesmo esses equipamentos mais recentes, de alta tecnologia, não conseguem precisar a contaminação, caso seja inferior a dez dias”, explica o diretor do Hemepar em Curitiba, Paulo Hatschbach.
O diretor esclarece que, durante esse curto período, o organismo já infectado não produz anticorpos suficientes para aparecer nos testes da triagem sorológica. “Por isso contamos tanto com a sinceridade do doador e fazemos tantas perguntas acerca de parceiros sexuais recentes”, completa. Hatschbach conta que, antes do teste do ácido nucleico, o período era maior: cerca de 21 dias para detectar HIV e 40 para os vírus das hepatites B e C.
Biobanco
Outra opção é o Biobanco, que atende o Hospital das Clínicas (HC). A unidade tem uma média de 50 doadores por dia. O recomendável é ir pela manhã, quando o número de doadores é menor.
“ Quem quiser vir em horário de menor movimento recomendo que venha durante a manhã. O processo todo leva, em média, 1 hora, contando com o cadastramento e refeição após a doação”, afirma a enfermeira Kelly Dutra. Ainda segundo ela, o período de coleta é de 15 minutos, no máximo.
Ainda segundo ele, não é preciso se preocupar com essa janela imunológica. “Com a triagem clínica rigorosa, ou seja, com as entrevistas completas que fazemos, não registramos nenhum caso de contaminação por meio de doação sanguínea”, esclarece.
Feita a coleta, o sangue segue para a sorologia, onde é identificada a tipagem sanguínea. Checa-se a existência de doenças como anemia falciforme, sífilis, doença de Chagas, hepatites B e C, HTLV 1 e 2 e HIV. “A bolsa vai para o setor de fracionamento, onde os componentes do sangue são separados numa centrífuga de alta tecnologia em concentrado de hemáceas, concetrado de plaquetas e plasma fresco”, conta o diretor.
Em casos de grandes sangramentos, as plaquetas ajudam a coagular o sangue, para que a pessoa pare de perder volume sanguíneo. “Elas também auxiliam no tratamento de doenças hematológicas, como a leucemia”, completa.
Alimentação e quantidade de doações por ano
Outro ponto importante é a alimentação no dia da doação. “O doador precisa ter comido algo leve antes de vir à unidade de coleta. É importante que não inclua comida gordurosa num período de quatro horas que antecede a doação. Após, recomenda-se que se beba bastante líquido para repor o volume de sangue”, afirma Hatschbach.
A quantidade de vezes por ano que se pode fazer a coleta no banco de sangue varia de acordo com o sexo. “Para homens, é possível fazer uma nova doação a cada 60 dias. As mulheres podem retornar a cada 90”, explica Hatschbach. Isso se deve à quantidade de sangue que é retirada – em média 450 ml– em relação à estatura dos doadores.
Outros locais para doação em Curitiba
Endereço: Rua Capitão Souza Franco, 290, Batel.
Endereço: Avenida República Argentina, 4406, Portão.
Endereço:Rua Doutor Ovande do Amaral, 201, Jardim América.
Endereço: Rua Alcides Munhoz, 433, Mercês.
Endereço: Praça Rui Barbosa, 694, Centro.
O diretor do Hemepar salienta que a doação não apresenta nenhum risco ao doador, pois os materiais utilizados são estéreis e descartáveis. “O máximo que pode acontecer é a pessoa ter uma reação causada por estresse e sentir-se fraca, até mesmo desmaiar. Nesse caso, ela é auxiliada por funcionários e orientada a abaixar a cabeça e levantar as pernas para melhorar a circulação”, garante.
Como doar
Para quem quer ajudar os pacientes do HC, as doações se dão de segunda a sexta, das 7h30 às 17h30, no endereço Av. Agostinho Leão Junior, 108, no Alto da Glória.
Já na unidade do Hemepar, em Curitiba, as doações podem ser feitas de segunda a sábado. Nos dias de semana, vão das 7h30 às 18h30; no sábado, começa às 8h e segue até as 17h30. O endereço é Travessa João Prosdócimo, 145, no Alto da XV. Para doar, é necessário portar documento de identificação com foto, como RG e passaporte. Neste link você confere todas as regras para doar.
Hatschbach acredita que a meta de doações necessárias consegue ser alcançada por meio da solidariedade dos paranaenses. “Na capital, precisamos de 150 a 200 doações por dia. No estado todo, são necessárias de 14 a 15 mil bolsas por mês. A população é solidária, mas muitos acabam esquecendo de que doar em meio ao cotidiano corrido”, comenta. Segundo ele, a maior preocupação é com os estoques de tipos sanguíneos mais raros, como o O-, que está presente em 4% da população.
Doação de plaquetas por aférese
Há um tipo de doação seletiva feita no Hemepar. Segundo o diretor, esse tipo de doação equivale de seis a dez unidades de plaquetas de uma doação comum.
“As plaquetas são retiradas por meio do uso de uma máquina chamada separador celular. Nesse sentido, o volume é inferior, mas o tempo de permanência no banco pode chegar a duas horas”, explica.
O procedimento pode ser realizado até 24 vezes ao ano, devido à rápida recuperação do organismo.
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