
Segundo a presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Marisa Stédile, o crime mais comum em caixas eletrônicos é a vítima ser assaltada após retirar dinheiro, na maioria das vezes já fora da agência. A informação não é oficial, pois a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) não fornece os dados de assaltos em bancos. O motivo alegado, como de costume, é que os números estão sendo compilados.
Um caso que teve repercussão neste ano na capital foi o assalto contra Bruno Pessuti, 23 anos, filho do vice-governador Orlando Pessuti. Na primeira entrevista que concede à imprensa desde o ocorrido, em julho, Bruno conta que foi abordado dentro da agência do Bradesco no Ahú, às 20h30, e que chegou a se preocupar com a segurança. "Me chamou a atenção a porta estar aberta. A agência não tem nem câmera na área dos caixas eletrônicos. Mas vi uma mulher saindo e pensei que não tinha problema."
Ele foi à agência fazer um depósito de R$ 300 na conta dele. Distraído ao preencher o envelope de depósito, Bruno não percebeu que um dos três assaltantes se aproximou. O assaltante o levou para fora da agência e Bruno teve de entrar no banco traseiro do próprio carro. Somente às 23h10, ele foi encontrado dentro do porta-malas do carro, que teve as rodas retiradas. "Eles me pegaram ao acaso. Segundo o depoimento deles, desceram do ônibus, viram um banco e iriam abordar quem fosse que estivesse lá dentro", conta. Por causa do susto, se precisar de um banco à noite, ele só vai nos caixas eletrônicos de shoppings center e supermercados.
O cuidado também foi adotado pela família do porteiro Rodrigo Andrade de Oliveira, 25 anos. A mãe dele, Paulina de Oliveira, foi assaltada há quatro anos. Ela saía do banco Bradesco por volta das 15 horas, após ter sacado a aposentadoria de R$ 350. "Começamos a tomar mais cuidado. Hoje ela nunca vai sozinha sacar dinheiro", diz.
Em nota, o Bradesco informa que a segurança em caixas eletrônicos resulta de um conjunto de medidas implantadas pelas instituições financeiras que visam agir de maneira preventiva juntamente com as ações adotadas pelos órgãos estaduais de segurança pública. "O Bradesco está atento a essas medidas. Para isso tem adotado medidas de segurança preventiva em suas salas de auto-atendimento, como instalação de circuito fechado de televisão, sistemas de alarmes e divulgação maciça, alertando os clientes quanto aos cuidados e procedimentos ao utilizar os caixas eletrônicos."
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