A Samarco entregou um novo plano de recuperação ambiental das áreas atingidas pela lama da barragem de Fundão ao Ibama nesta quarta-feira (17), 20 dias depois de o órgão federal recusar o primeiro documento apresentado pela mineradora.
O plano servirá de base para as ações que a empresa deverá fazer na área que se estende de Mariana (MG) até o litoral do Espírito Santo, devastada por conta do vazamento de rejeitos minerais no dia 5 de novembro.
O Ibama afirma que o texto será “reavaliado pela equipe técnica”. A primeira versão foi rejeitada porque o instituto considerou o plano genérico e superficial.
Agora, a Samarco informa que contratou a consultoria Golden Associates para elaborar o relatório, com “informações relacionadas aos impactos já identificados e as ações recomendadas para a recuperação ambiental”.
Em nota, a mineradora diz que o documento contém ações emergenciais e de longo prazo.
Para o trecho que vai da barragem de Fundão até o reservatório da usina hidrelétrica Risoleta Neves (Candonga), a 100 km de distância, estão concentradas ações como construção de diques para conter os rejeitos, além de plantação de cobertura vegetal.
Já próximo à região costeira, a mineradora diz que avalia “eventuais impactos em áreas de reprodução de tartarugas marinhas, manguezais, vegetação ribeirinha e outros ambientes marinhos”.
O Ibama fará uma vistoria nesta quinta (18) e sexta-feira (19) na região de Barra Longa, uma das mais atingidas pelo lamaçal.
O rompimento da barragem de Fundão deixou 19 mortos e um rastro de 600 km de estragos.
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