Orientação
Confira algumas dicas importantes ao acionar os serviços de atendimento de urgência e emergência:
- Em caso de acidente de trânsito, sinalize ao máximo o local.
- Veja a situação das vítimas: se estão desacordadas e se há hemorragia ou fratura, para repassar o máximo de informações.
- Nos casos de acidente ou queda, jamais mexa na vítima. Isso pode agravar sua condição.
- Se a situação é de agressão, verifique se o agressor está no local, para avaliar a necessidade ou não de presença policial.
- Para atendimentos clínicos, é fundamental estar próximo da vítima, a fim de descrever o problema e direcionar os encaminhamentos necessários.
Deparar-se com um grave acidente de trânsito, um ferimento causado por alguma ocorrência doméstica ou uma pessoa sofrendo um mal súbito pode não ser algo desejável, mas é uma situação à qual todos estão sujeitos. Diante da necessidade de intervenção médica, é comum surgir a dúvida: a quem recorrer? No Paraná são duas as estruturas de socorro disponíveis, o Siate Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência e o Samu Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Apesar de operarem de forma parecida, os dois serviços prestam atendimentos distintos, que variam conforme a natureza da ocorrência.
O primeiro a surgir foi o Siate, implantado no Paraná em 1990 com o objetivo de realizar o pré-atendimento a situações de trauma, agilizando os procedimentos e, consequentemente, reduzindo os riscos de morte. Acionado pelo telefone 193, o serviço funciona hoje em 19 municípios, abrangendo uma população de 5,5 milhões de pessoas. Por seu intermédio são atendidos acidentes de trânsito, domésticos e de trabalho, além de agressões, ferimentos por arma, casos de fratura, queimadura e afogamento.
O diretor médico do Siate em Curitiba, Edison Teixeira, conta que o número de atendimentos realizados na capital gira em torno de 80 por dia, chegando a 160 nos fins de semana. De acordo com ele, as ambulâncias não são encaminhadas a todos os chamados efetuados, visto que é necessário priorizar as ocorrências mais graves. "Se a pessoa quebrou o dedo, por exemplo, nós não vamos mandar uma ambulância, porque a vítima tem condições de se locomover até o hospital. Vamos preservar o serviço para aqueles que necessitam de auxílio para o deslocamento", explica.
Casos clínicos
Já o Samu iniciou suas atividades na década de 2000, por meio do telefone 192. A ele cabe o atendimento de casos clínicos, como problemas cardiorrespiratórios, Acidente Vascular Cerebral (AVC), intoxicação e crises hipertensivas. Gerenciado pelo Ministério da Saúde, o serviço está presente em 1,7 mil municípios do país. No Paraná são 14 cidades que centralizam o atendimento, atendendo também a municípios vizinhos. De acordo com o ministério, a cobertura chega a 4,4 milhões de paranaenses, o correspondente a 44% da população.
Somente em Curitiba, o Samu atendeu em 2011 quase 260 mil ligações, das quais resultaram mais de 60 mil remoções. Segundo o superintendente especial de gestão da prefeitura de Curitiba, Matheus Chomatas, nem todos os atendimentos se destinam a prestar socorro presencial. "Se a pessoa precisa de alguma orientação para prestar o primeiro atendimento nós orientamos. Caso a situação seja realmente grave, a ambulância é enviada ao local", relata. O Samu trabalha com um tempo médio de deslocamento de 10 minutos, priorizando as situações que envolvem maior risco à vida.
Serviços terão central integrada
Não são raros os casos de pessoas que ligam para um dos serviços de atendimento e precisam ser direcionadas para o outro. Apesar de funcionarem de forma integrada, Samu e Siate ainda operam em centrais diferenciadas, o que impede um encaminhamento mais ágil das solicitações entre os dois. Em Curitiba, isso deve se resolver até 2014, quando está prevista a integração dos dois serviços em uma única central, que também funcionará em conjunto com o 190, da Polícia Militar.
"Através dessa integração, será possível que as ligações sejam transferidas internamente, agilizando o atendimento", ressalta o diretor médico do Siate, Edison Teixeira. Hoje, se uma pessoa liga para o 193, mas precisa ser direcionada para o 192 (ou vice-versa), ela precisa fazer duas ligações telefônicas. Os dois serviços já tiveram uma central de atendimento integrada na capital, mas problemas operacionais fizeram com que o sistema fosse desativado.
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