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| Foto: Elza Fiuza /Agência Brasil/

No momento em que o país enfrenta um surto de casos de zika - e o aumento do registro de crianças com microcefalia- a Campanha da Fraternidade de 2016 terá como foco a necessidade de saneamento básico para toda a população.

A iniciativa foi lançada nesta quarta-feira (10), em parceria entre a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic). “A falta de saneamento básico mata. A nossa família comum está sofrendo e morrendo por causa das enfermidades transmitidas pelo mosquito”, disse Dom Sergio da Rocha, presidente da CNBB.

O esgoto a céu aberto, o lixo nas ruas e o armazenamento incorreto da água são apontados por especialistas como principais fatores para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da zika, dengue e chikungunya.

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O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, reconheceu que o Brasil “ainda está aquém” da oferta adequada de saneamento básico. “Por mais que nos últimos anos tivemos melhorias, ainda deixamos a desejar”, disse o ministro, presente à cerimônia. Ele ponderou que, hoje, o combate ao mosquito é a “prioridade absoluta” do governo federal.

A mobilização nacional contra o mosquito, defendida pela presidente Dilma Rousseff, inclui a participação de entidades religiosas. Nesta quarta-feira, ela recebe o Conic em agenda no Palácio do Planalto. “O contexto em que estamos vivendo mostra que falar e mobilizar para o saneamento básico se torna cada vez mais necessário e urgente”, disse Dom Flávio Irala, presidente da entidade.

Em mensagem encaminhada à campanha no Brasil, o papa Francisco defendeu o envolvimento de “governantes e toda a sociedade”. “Todos nós temos responsabilidades com nossa casa comum”, diz o texto. O lema da campanha deste ano é “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”.

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