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Rio – Histórica no país, a desnutrição infantil tem declinado muito nas últimas três décadas, especialmente entre os mais vulneráveis, abaixo de cinco anos. Redução sentida com mais intensidade, nos domicílios com menor renda familiar per capita.

Em 1974-1975, entre os 20% mais pobres da população, 30,8% das crianças menores de cinco anos sofriam com deficiência de peso. Os dados de 2002-2003 mostram 8,7% abaixo do peso. Já no grupo com maiores rendimentos per capita, a mudança foi de 4% para 1,5%.

Para o chefe do Departamento de Nutrição da Universidade de São Paulo (USP), Carlos Augusto Monteiro, consultor contratado pelo Ministério da Saúde para acompanhar a pesquisa do IBGE, a queda da desnutrição no país não pode ser explicada exclusivamente por um maior acesso aos alimentos. "Melhorias no saneamento básico, vacinação, pré-natal, escolaridade das mães. Não é só uma questão de alimentação", enfatiza.

A maior queda do indicador, mostra a pesquisa, foi registrada entre as décadas de 1970 e 1980. "Foi uma fase de grande crescimento econômico", lembra o presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes.

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