A Sanepar informou na manhã desta terça-feira que o racionamento em Curitiba e região metropolitana continua temporariamente suspenso - agora por tempo indeterminado. Ao contrário do que a companhia vinha fazendo, não há uma data prevista para que o rodízio no abastecimento seja retomado, ou seja, pode acontecer a qualquer momento.
Os técnicos, como já acontece, farão análises diárias do volume de água nas barragens da companhia. Enquanto puder, a Sanepar utilizará a água da bacia incremental (rios, lagos e cavas) para abastecer Curitiba e região - como vem fazendo desde domingo. A empresa resolveu apostar nas previsões de chuva que, segundo a Sanepar, indicam que deve ocorrer, neste mês, precipitação acima da média histórica registrada em outubro.
Previsão de chuva
O Instituto Simepar prevê que existe possibilidade de chuva já para esta quarta-feira. De acordo com o meteorologista Reinaldo Kneib, a massa de ar quente que está sobre o estado pode provocar chuva leve a moderada em todo o estado, com maior intensidade no interior. "Amanhã (quarta-feira) deve acontecer pancadas de chuva forte e rápida, como as de verão", compara.
A partir de quinta-feira, uma frente fria ingressa no Paraná e provoca pancada de chuva forte. "Na sexta-feira, o tempo fica fechado e a chuva é mais constante", explica Kneib. A frente, porém, deve se afastar do estado já no sábado.
Se não chover, volta o racionamento
Apesar da meteorologia "conspirar" a favor da Sanepar, a empresa adianta que caso as previsões de chuva não se confirmem, o rodízio poderá ser retomado em qualquer data. A tendência é que seja retomado quando houver a necessidade de utilizar a água das barragens Piraquara e Iraí, que nesta terça estão com nível de água 5,98 metros abaixo do nível normal e 3,27 metros, respectivamente.
O gerente da Sanepar da Curitiba e Região Metropolitana, Antonio Carlos Gerardi explica que apesar das previsões, a população deve continuar economizando água. "Entramos na fase de transição, com boas perspectivas. Porém, ainda é necessário evitar o desperdício e usar a água tratada de forma racional", diz.