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Com a proximidade do verão, o aumento da temperatura e o crescimento no consumo médio de água, a Sanepar confia na normalidade das chuvas para garantir o abastecimento na grande Curitiba. Segundo Antônio Carlos Gerardi, gerente da companhia para Curitiba e região metropolitana, a previsão feita pela Sanepar é de que não seja necessário um novo racionamento. Isso porque apesar do aumento natural no consumo, a tendência é que muitos curitibanos deixem a cidade na época de férias. A previsão de Gerardi, no entanto, depende das chuvas.

"Chovendo a média histórica dos meses de novembro ou dezembro, temos uma situação sob controle", ressalta.

No litoral do estado, que pode receber 1,5 milhão de visitantes no fim do ano, a situação é mais tranqüila. Mesmo que as chuvas fiquem aquém do esperado, a situação atual permite uma folga de armazenamento. "Os rios que descem da Serra e que são utilizados por nós têm bacias muito fundas e resistem bem à estiagem. Além disso temos 35 mil metros cúbicos de água tratada armazenada em 13 pontos diferentes no litoral", ressalta o gerente da Sanepar para o litoral do estado, Denílson Belão.

Embora não seja possível prever a possibilidade de chuvas em um período superior a cinco dias, a tendência é que a estiagem que assolou o Paraná e a região de Curitiba até o mês de setembro não se repita. Mesmo assim, segundo o meteorologista Reinaldo Kneib, do Simepar, as chuvas registradas em outubro ficaram abaixo da média histórica do período. "Não foi algo tão drástico como em meses anteriores, mas foram chuvas muito dispersas e irregulares." Para o professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e doutor em gestão ambiental, Eduardo Gobbi, o risco que a Sanepar corre ao depender da "normalidade" das chuvas em novembro e dezembro vem de longe. "Estamos no limite, mas agora não há o que se fazer. O problema começou lá atrás com a estiagem, destruição de mata ciliares, confiança excessiva na possibilidade de chuvas."

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