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Cerca de 3 mil funcionários da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) fizeram ontem atos públicos de apoio à empresa em várias cidades do estado. Houve mobilizações em todas as grandes cidades, de Foz do Iguaçu a Londrina, passando por Guarapuava e Maringá.

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Em Curitiba, a manifes­tação ocorreu no bairro Rebouças e reuniu 800 trabalhadores. A mobilização estadual promovida por associações e sindicatos representantes dos funcionários da empresa começou às 11 horas e terminou perto do meio-dia.

Eles protestaram contra a "Operação Iguaçu – Água Grande", da Polícia Federal (PF) em parceria com o Ibama, que apuram casos de poluição no Rio Iguaçu. Na última semana, a companhia foi classificada como "empresa de fachada" pela PF, que acusou a Sanepar de cobrar dos usuários pelo tratamento de esgoto sem executar os serviços.

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A PF revelou ainda que a Sanepar é a "maior poluidora do Rio Iguaçu". Con­­forme informações divulgadas pela polícia sobre as investigações, 20% das estações de tratamento de esgoto atuam clandestinamente: elas nem sequer existem juridicamente e funcionam sem licenças de operação. Segundo a PF, a companhia lança os efluentes em cursos d’água sem qualquer tratamento, em "clara agressão ambiental à coletividade, à fauna e à flora".

Defesa

Durante a manifestação, os servidores da empresa pública de saneamento apoiaram a organização. De acordo com informações divulgadas pela companhia, os participantes do ato defenderam que a água tratada pela Sanepar é segura e que não há poluição do meio ambiente pela companhia.

Os representantes dos fun­­cionários classificaram a investigação da PF como oportunista. Em texto divul­­gado no site da empresa, o presidente da Associação dos Empregados da Sanepar, Hamilton Gi­menes, afirmou que os empregados não aceitam a classificação da empresa como sendo de facha­­da. "Nenhum empregado da Sanepar joga sofá, mesa, cadeiras ou lixo no Iguaçu", defendeu.