Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
águas do amanhã

Sanepar tem projeto, mas não recursos

Lançado diretamente no córrego, o esgoto traz risco de doenças | Valterci Santos/Gazeta do Povo
Lançado diretamente no córrego, o esgoto traz risco de doenças (Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo)

Dificuldades técnicas e, principalmente, a falta de recursos impossibilitam a Sanepar de implantar a rede de coleta de esgotos na região do Taboão. A explicação é de Denilson Sauer Belão, gerente da Unidade Regio­nal Norte da empresa. Caso houvesse uma linha de financiamento disponível para a obra neste momento, ele estima que a rede poderia estar pronta em três anos. Como não há, é impossível estabelecer um prazo para a so­­lução do problema.

Obras desse porte, segundo o gerente da Sanepar, costumam ser financiadas por entidades como Caixa Econômica Federal ou BNDES, que, por sua vez, geralmente só liberam verbas para saneamento em áreas de maior adensamento populacional. Não é o caso do Taboão. "Só podemos agir à medida que tenhamos esses recursos", explica Belão. No papel, porém, a empresa já vislumbrou a construção da rede coletora naquela região. "Temos um projeto concluído de um coletor-tronco de 4,2 mil metros, que atenderia toda a macrorregião nos próximos 20 ou 30 anos, e também fizemos um levantamento, ainda superficial, para uma rede coletora de 16 quilômetros, que atenderia 2,2 mil famílias", revela.

O gerente da Sanepar diz ainda que, em uma obra desse porte, primeiramente se constrói o coletor-tronco (ao custo médio de R$ 750 o metro) e depois a rede que chega aos imóveis (R$ 150 o metro, em média). Além disso, é preciso considerar no projeto outras variáveis, como o relevo acidentado da região e os entraves legais e ambientais.

Gravidade

Outra dificuldade para a implantação de coleta de esgoto na região do Taboão é que o bairro se encontra no ponto mais extremo da rede atendida pela Estação de Tratamento Santa Quitéria, que receberia – por gravidade – os efluentes da Rua Eugênio Flor, por exemplo. Ao norte, em Almirante Tamandaré, existe outra estação de tratamento, mas ela está em um nível de altitude mais elevado, impedindo o escoamento natural dos efluentes até lá.

Belão diz entender a revolta dos moradores e admite que nem sempre a parceria entre Sanepar e prefeitura é fácil. "Se muitas vezes não trabalhamos em conjunto, ao menos as ideias são as mesmas", pondera.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.