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Reunidas ontem com a ministra Marta Suplicy, 20 entidades que representam empresas do setor de turismo colocaram sobre a mesa uma estimativa de até 25% de queda em seu movimento nas quase duas semanas que se seguiram à tragédia em Congonhas. Os pacotes para o Nordeste teriam sido os mais afetados. No encontro, foi pedida a intervenção do governo federal para cobrar das companhias aéreas melhoria no atendimento aos clientes. Marta, em luta para virar a página de seu comentário que virou símbolo do descaso das autoridades com a crise, comprometeu-se a conversar com Defesa, Infraero e Anac para encontrar medidas que ajudem o setor.

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Fila – A despeito das movimentações de ontem no escritório da Anac no Rio de Janeiro, tudo indica que, depois de Waldir Pires (Defesa), a próxima cabeça a rolar será mesmo a do presidente da Infraero, José Carlos Pereira.

Não é comigo 1 – Enquanto o presidente da Anac, Milton Zuanazzi, fez um movimento para indicar que deixaria o posto se o governo assim preferisse, a diretora Denise Abreu não havia dado, até ontem, nenhum sinal de que pretenda facilitar as coisas.

Não é comigo 2 – Ao saber, na véspera, da desastrosa condecoração preparada pela Aeronáutica, a Casa Civil aconselhou fortemente a diretoria da Anac a não comparecer, dada a comoção da opinião pública com o acidente da TAM e os dez meses de crise aérea. Ninguém deu a menor bola à recomendação.

Cansei – Segundo auxiliares, Tarso Genro decidiu agir contra as empresas aéreas em resposta a incessante pressão dos Procons estaduais, que estão entupidos de reclamações dos passageiros desde o Natal. Com a Anac em crise, o ministro da Justiça viu uma brecha para entrar em campo.

Açodamento – Na própria cozinha do Palácio do Planalto há restrições ao modo de funcionamento da Anac. "A implementação foi feita aos saltos, sem tempo adequado de transferência de uma estrutura para outra. É preciso repensar", afirma o general Jorge Félix (GSI).

Baixa – O governo calcula que a crise aérea trará prejuízo também à meta de "revolucionar" o controle de tráfego aéreo com a utilização de satélites, inicialmente prevista para 2010. O atraso deve ser de no mínimo dois anos.

Casquinha 1 – O PC do B do ministro Orlando Silva (Esporte) espalhou 32 outdoors pelo Rio faturando a realização do Pan. O partido planeja lançar Jandira Feghali para a prefeitura em 2008.

Casquinha 2 – A Câmara também se esforça para associar sua imagem ao evento. Pôs cartazes em seus corredores dizendo que três leis aprovadas pela Casa tornaram possível a realização do Pan. Na verdade, foram três medidas provisórias do Executivo.

Road show – Sonhando com vôos eleitorais mais altos em São Paulo, Arlindo Chinaglia (PT), não perde oportunidade de agradar às bases. O presidente da Câmara vai inaugurar na semana que vem uma escola em Bocaina, cidade com 11 mil habitantes na região central do Estado.

No pescoço – Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse ao ministro Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais), em conversa nesta semana, que o não-atendimento das reivindicações da bancada fluminense levará a uma crise na base a partir de quarta.

Na foto – Além da na nomeação de Luiz Paulo Conde para Furnas, o vice-presidente da CPI do Apagão Aéreo cobrou o fato de nenhum deputado ter sido chamado para evento da Funasa no Rio, na segunda, em que foram anunciados investimentos do PAC.

TIROTEIO

* Do secretário de Relações Internacionais do PT, VÁLTER POMAR, sobre o projeto do governo Lula de abrir o capital da Infraero:

- Recorrer à privatização para resolver os problemas do país vai contra o que pensamos e o que defendemos na campanha de 2006.

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