Ponta Grossa A atuação da máfia dos Sanguessugas no Paraná é maior do que se imaginava. Lista divulgada pela Controladoria-Geral da União (CGU) mostra que 75 municípios paranaenses compraram ambulâncias e ônibus por meio de licitações supostamente fraudulentas, o que representa um em cada cinco municípios do estado. Com a nova lista, o Paraná passa a ser o segundo estado em número de localidades envolvidas no esquema, atrás apenas de Mato Grosso, estado de origem do empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin, que confessou que operava o sistema. Ao total, 96 cidades mato-grossenses estão na lista.
Em território paranaense seriam 84 contratos com indícios de irregularidades. O valor médio de R$ 60 mil por venda, estipulado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Sanguessugas, leva ao cálculo que a máfia das Sanguessugas movimentou cerca de R$ 5 milhões no Paraná. Em estados vizinhos, como São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a atuação da máfia era bem mais tímida, com 29, 19 e 6 municípios, respectivamente.
No Brasil são 591 municípios envolvidos é mais do que 10% do total de cidades brasileiras. Até então, a divulgação de duas listas apontava que 10 municípios estavam no esquema. Mas outros casos começaram a pipocar no estado, com a identificação da participação de empresas do grupo Planam em licitações em outras cidades.
O Ministério da Saúde recolheu em todos os estados do país as prestações de contas dos convênios já executados e que envolviam ambulâncias e repassou à CGU. Com as informações, os auditores cruzaram dados para registrar as emendas parlamentares que originaram os recursos públicos. Com isso foi possível indicar prefeituras, deputados, senadores e ex-parlamentares suspeitos de envolvimento com as fraudes. Vários deles, inclusive, não estão sendo investigados pela CPI dos Sanguessugas. "Não podemos afirmar que em todos os casos há irregularidade, mas há presença de empresas do grupo Planam. Isso é um indício fortíssimo de fraude, mas não temos provas documentais", disse esta semana o ministro Jorge Hage, da Controladoria-Geral da União.
Foram analisados 3.048 convênios entre os anos de 2000 e 2004, dos quais 891 têm a participação da empresa, rendendo mais R$ 79 milhões ao esquema.
Os donos da Planam foram presos pela Operação Sanguessuga da Polícia Federal, em Mato Grosso, em maio deste ano. De acordo com o depoimento de Vedoin à Justiça, muitos prefeitos também recebiam propina para facilitar que as empresas do grupo ganhassem as licitações.
Seriam "benefícios" oscilando entre R$ 3 mil e R$ 12,8 mil. No Paraná, o esquema incluía inclusive uma empresa de fachada, montada em endereço falso, com sede em Curitiba.
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