Serviço classifica o paciente para evitar fila
O acolhimento com avaliação e classificação de risco é uma das ações da política de humanização do SUS (HumanizaSUS) que já foram implantadas na Santa Casa de Itapeva. Quando o paciente chega ao serviço de emergência, a enfermeira de plantão o acolhe, verifica seus sinais vitais e determina, com base na gravidade do quadro, quanto tempo ele pode aguardar atendimento. Os casos mais graves passam na frente.
Parceria atende bebê portador de cardiopatia
Um projeto do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo, para atender bebês com cardiopatias congênitas graves é outro fruto da parceria do Ministério da Saúde com os seis hospitais filantrópicos de referência. O objetivo é diagnosticar anomalias cardíacas na gestação e oferecer tratamento intrauterino quando possível. "O conhecimento pré-natal das cardiopatias favorece a evolução clínica dos bebês, pois permite programar o local, a idade gestacional e a via de parto mais adequada", diz a coordenadora do projeto, Simone Pedra.
Santas Casas de vários municípios paulistas estão participando de projetos de aprimoramento da gestão que as auxiliam a administrar melhor os recursos que recebem do Sistema Único de Saúde (SUS) e humanizar o atendimento. Entre as iniciativas, há uma pós-graduação em Administração Hospitalar, consultorias in loco e linha de crédito para informatização. "Para cada R$ 100 gastos com o atendimento, o SUS cobre R$ 60. Como entre 60% e 80% dos pacientes das Santas Casas são do SUS, sempre há déficit. Se não houver capacitação do gerente, a situação fica pior", diz Maria Fátima da Conceição, da Federação dos Hospitais e Casas Beneficentes de São Paulo.
A instituição oferece desde 2006 uma pós-graduação em Administração Hospitalar para funcionários de Santas Casas. "Já colocamos 160 administradores em hospitais antes geridos por voluntários." Outro programa é desenvolvido em 16 cidades, graças à parceria entre o Hospital Samaritano, a Secretaria de Estado da Saúde e o Centro de Estudos Augusto Leopoldo Ayrosa Galvão (Cealag), da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Em 2009, consultores acompanharam funcionários dessas Santas Casas, ajudando-os a otimizar processos de trabalho e a planejar estratégias para atingir metas de melhoria do atendimento e infraestrutura.
"Nossa proposta é que até o fim de 2010 esses hospitais estejam habilitados a passar por algum processo de acreditação, como o ONA (Organização Nacional de Acreditação, uma espécie de ISO para instituições de saúde)", conta Antônio Barbosa, superintendente do Samaritano, um dos seis filantrópicos que assinaram termo com o Ministério da Saúde para projetos voltados à melhoria dos serviços do SUS.
Melhora significativa
No início, avaliamos os hospitais por um questionário com os critérios da Fundação Nacional da Qualidade, que promove o principal prêmio de excelência em gestão do país. Fizemos recentemente uma nova avaliação e a melhora foi significativa", diz Paulo Carrara, coordenador do programa no Cealag. "Neste primeiro ano, a meta era fazer com que essas instituições adotassem pelo menos duas ações da HumanizaSUS (política do ministério para humanizar o atendimento). Isso já trouxe impacto na qualidade", afirma.
Os municípios que mais avançaram foram Itapeva, Mococa e Votorantim. Também participam as Santas Casas de Mogi das Cruzes, Palmital, Ourinhos, Mogi Mirim, Lorena e as maternidades de Andradina, São Vicente, Jaú, Lins, Sorocaba e Tatuí. Em Registro, Guarujá, Votorantim e Itapeva, o convênio apoia Santas Casas e maternidades. A seleção foi feita pela Secretaria de Estado da Saúde, que priorizou hospitais que passavam por um processo de informatização graças a uma linha de crédito da Nossa Caixa. Com a melhora da gestão, diz Barbosa, os hospitais passaram a receber mais recursos do ministério, o que possibilitou a compra de equipamentos e modernização.
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