• Carregando...
Dezesseis hospitais filantrópicos de São Paulo, entre Santas Casas e maternidades, aderiram ao programa de aprimoramento | Adriano Vaccari/FP
Dezesseis hospitais filantrópicos de São Paulo, entre Santas Casas e maternidades, aderiram ao programa de aprimoramento| Foto: Adriano Vaccari/FP

Serviço classifica o paciente para evitar fila

O acolhimento com avaliação e classificação de risco é uma das ações da política de humanização do SUS (HumanizaSUS) que já foram implantadas na Santa Casa de Itapeva. Quando o paciente chega ao serviço de emergência, a enfermeira de plantão o acolhe, verifica seus sinais vitais e determina, com base na gravidade do quadro, quanto tempo ele pode aguardar atendimento. Os casos mais graves passam na frente.

Leia a matéria completa

Parceria atende bebê portador de cardiopatia

Um projeto do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo, para atender bebês com cardiopatias congênitas graves é outro fruto da parceria do Ministério da Saúde com os seis hospitais filantrópicos de referência. O objetivo é diagnosticar anomalias cardíacas na gestação e oferecer tratamento intrauterino quando possível. "O conhecimento pré-natal das cardiopatias favorece a evolução clínica dos bebês, pois permite programar o local, a idade gestacional e a via de parto mais adequada", diz a coordenadora do projeto, Simone Pedra.

Leia a matéria completa

Santas Casas de vários municípios paulistas estão participando de projetos de aprimoramento da gestão que as auxiliam a administrar melhor os recursos que recebem do Sistema Único de Saúde (SUS) e humanizar o atendimento. Entre as iniciativas, há uma pós-graduação em Administração Hospitalar, consultorias in loco e linha de crédito para informatização. "Para cada R$ 100 gastos com o atendimento, o SUS cobre R$ 60. Como entre 60% e 80% dos pacientes das Santas Casas são do SUS, sempre há déficit. Se não houver capacitação do gerente, a situação fica pior", diz Maria Fátima da Conceição, da Federação dos Hospitais e Casas Beneficentes de São Paulo.

A instituição oferece desde 2006 uma pós-graduação em Administração Hospitalar para funcionários de Santas Casas. "Já colocamos 160 administradores em hospitais antes geridos por voluntários." Outro programa é desenvolvido em 16 cidades, graças à parceria entre o Hospital Samaritano, a Secretaria de Estado da Saúde e o Centro de Es­­tudos Augusto Leopoldo Ayrosa Galvão (Cealag), da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Em 2009, consultores acompanharam funcionários dessas Santas Casas, ajudando-os a otimizar processos de trabalho e a planejar estratégias para atingir metas de melhoria do atendimento e infraestrutura.

"Nossa proposta é que até o fim de 2010 esses hospitais estejam habilitados a passar por algum processo de acreditação, como o ONA (Organização Nacional de Acreditação, uma espécie de ISO para instituições de saúde)", conta Antônio Barbosa, superintendente do Samaritano, um dos seis filantrópicos que assinaram termo com o Ministério da Saúde para projetos voltados à melhoria dos serviços do SUS.

Melhora significativa

No início, avaliamos os hospitais por um questionário com os critérios da Fundação Nacional da Qualidade, que promove o principal prêmio de excelência em gestão do país. Fizemos recentemente uma nova avaliação e a melhora foi significativa", diz Paulo Carrara, coordenador do programa no Cealag. "Neste primeiro ano, a meta era fazer com que essas instituições adotassem pelo menos duas ações da Huma­nizaSUS (política do ministério para humanizar o atendimento). Isso já trouxe impacto na qualidade", afirma.

Os municípios que mais avançaram foram Itapeva, Mococa e Votorantim. Também participam as Santas Casas de Mogi das Cruzes, Palmital, Ourinhos, Mo­­gi Mirim, Lorena e as maternidades de Andradina, São Vicente, Jaú, Lins, Sorocaba e Tatuí. Em Registro, Guarujá, Votorantim e Itapeva, o convênio apoia Santas Casas e maternidades. A seleção foi feita pela Secretaria de Estado da Saúde, que priorizou hospitais que passavam por um processo de informatização graças a uma linha de crédito da Nossa Caixa. Com a melhora da gestão, diz Barbosa, os hospitais passaram a receber mais recursos do ministério, o que possibilitou a compra de equipamentos e modernização.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]