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nova tragédia

Santa Catarina sofre com chuva e enchente, de novo

A atriz Fernanda Paes Leme (ao centro) com Luciana Dal Molin (à esq.) e Joice Spengler na 2ª Paella Brava Beach, realizada  sábado na inauguração da Central de Vendas do empreendimento, na Praia Brava de Itajaí, litoral catarinense | Fotos: João Souza
A atriz Fernanda Paes Leme (ao centro) com Luciana Dal Molin (à esq.) e Joice Spengler na 2ª Paella Brava Beach, realizada sábado na inauguração da Central de Vendas do empreendimento, na Praia Brava de Itajaí, litoral catarinense (Foto: Fotos: João Souza)

Dois anos após a enxurrada que matou 135 pessoas em Santa Catarina, o estado voltou a sofrer com as chuvas. Desde terça-feira passada, cinco pessoas morreram e cerca de 17 mil desalojados e desabrigados por temporais. A situação se agravou no último sábado. Chuvas intensas atingiram vales e o litoral catarinense, fazendo com que o total de cidades afetadas chegasse a 52. Dessas, 28 decretaram estado de emergência e o município de Mirim Doce, na região central, está em estado de calamidade pública. Estradas federais ficaram interditadas durante o fim de semana e há pontos em que ainda não há previsão para que o fluxo de veículos normalize.

Das cinco mortes registradas por causa dos temporais, duas são crianças: um bebê de 3 meses em Massaranduba, e um menino de 8 anos em Florianópolis. Também na capital, uma mulher caiu de uma ponte que ruiu. Dois homens morreram ao serem atingidos por raios, um em Florianópolis e outro em Jaraguá do Sul.

As chuvas que atingiram o estado também afetaram o fornecimento de energia elétrica. De acordo com a companhia Centrais Elétricas de Santa Ca­­tarina (Celesc), 5 mil consumidores estão sem luz. O De­­parta­­mento Estadual de Defesa Civil está atendendo os municípios atingidos com o envio de alimentos e materiais. Colchões, cestas básicas, kits de limpeza e água potável foram enviados às áreas atingidas ainda no sábado.

Três helicópteros operam no estado para reforçar o atendimento aos municípios atingidos. Uma das aeronaves transferiu médicos de Joinville para São Francisco do Sul. Outro helicóptero leva alimentos, medicamentos, colchões e outros itens de atendimento emergencial às famílias atingidas em Mirim Doce. E a terceira aeronave opera em ações emergenciais na Grande Florianópolis.

Joinville

Apesar de não ter anunciado estado de emergência, Joinville é a cidade com maior número de desalojados: 6.285. Até a noite de ontem 65 pessoas permaneciam em abrigos. O restante ha­­via conseguido teto com parentes e amigos.

A secretária de Assistência Social em Joinville, Rosemeri Costa, atribui a repetição das cenas ao acaso e à geografia. "Historicamente, Joinville sempre sofreu com enchentes. Após 2008, o município trabalhou com desassoreamento de rios, para evitar as cheias. Mas o que ocorreu nesta última semana foi atípico. Foi praticamente uma enchente por dia", explica. Além da proximidade com o Rio Piraí, que tende a subir com as chuvas de verão, a região também se localiza entre vários morros, que desembocam água na cidade.

Estradas

Rodovias federais foram afetadas pela queda de barreiras e alagamentos. No começo da noite de ontem, um deslizamento interrompeu o fluxo de veículos na BR-280, em Corupá, entre os quilômetros 92 e 93. Outro trecho da BR-280, no quilômetro 27, também está interditado, em São Francisco do Sul, por causa da queda da cabeceira de uma ponte que dá acesso à cidade. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, não havia previsão para a liberação desses trechos.

O acesso a São Francisco é feito por um desvio em uma estrada de chão. O local está sinalizado, porém, só é permitida a passagem de motocicletas e automóveis. No início da noite de ontem, a BR-101 operava em meia-pista no quilômetro 54, em Araquari.

Confira o mapa das cidades atingidas pela chuva em SC:

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