Rio de Janeiro - A cidade de São Paulo tem 29% de sua população, ou 3,2 milhões de habitantes, vivendo em assentamentos precários como favelas, cortiços ou loteamentos clandestinos. O problema é mais grave no extremo sul da cidade, na área de mananciais, onde a proporção chega a 66%, e na zona leste, que concentra o maior número absoluto de pessoas vivendo nessas habitações: 865 mil.
Os dados constam do Plano Municipal de Habitação, que foi apresentado a técnicos brasileiros e estrangeiros pela prefeitura de São Paulo no 5.º Fórum Urbano Mundial, que acontece nesta semana no Rio.
O plano é o diagnóstico mais preciso e atualizado das áreas consideradas prioritárias pela prefeitura. A partir dele, a Secretaria Municipal de Habitação planeja em 14 anos acabar com o problema dos assentamentos precários em São Paulo.
Foi também a partir do plano que a secretaria pôde fazer uma estimativa considerada mais realista sobre a necessidade de construção de novas habitações na cidade para os próximos 14 anos: 310 mil.
Desse total, 90 mil são de domicílios em áreas de assentamentos precários onde a simples urbanização ou regularização da área não resolvem o problema. São famílias que precisam de uma nova residência por estarem, por exemplo, em áreas de extremo risco.
Outras 80 mil famílias entram na conta por causa do gasto excessivo com aluguel. O restante (140 mil) foi estimado levando em conta famílias que coabitam na mesma casa e a demanda futura.
O plano será enviado à Câmara de Vereadores e ao Conselho Municipal de Habitação. Segundo Elisabete França, superintendente de habitação popular da secretaria, seu maior valor é estabelecer um plano de ação, com áreas prioritárias a receberem investimentos.
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