Em São Paulo, duas manifestações ocorrem na manhã desta terça-feira (25): uma em Guaianazes, zona leste da capital paulista, e outra no Campo Limpo, na zona sul. Os protestos, que tiveram início às 7 horas, são organizados pelos movimentos Periferia Ativa e Resistência Urbana. Eles pedem a tarifa zero para o transporte público, a redução do custo de vida, o fim da violência policial nas periferias e o "padrão FIFA" para as áreas de saúde e educação. Também participam dos atos integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e do Movimento Passe Livre (MPL).
Em Guaianases, cerca de 90 manifestantes caminharam em direção à Subprefeitura de Itaquera. Além das demais reivindicações, eles protestam contra os gastos com a Copa do Mundo e as desapropriações provocadas para a construção do estádio Itaquerão. Por volta das 10h30, o grupo desistiu de chegar até a subprefeitura e retornava ao bairro.
Segundo informações da Polícia Militar, cerca de 500 manifestantes se concentraram na praça do Campo Limpo e no terminal João Dias, no Capão Redondo. Eles não informaram o destino final do protesto. Às 10h30, o grupo interditava a ponte João Dias nos dois sentidos e dizia que só sairia do local após posicionamento do governo estadual. Representantes do Periferia Ativa, Resistência Urbana e do MTST foram convidados para uma reunião pela Casa Civil do Governo do Estado de São Paulo. Uma comissão já se encaminhou ao Palácio dos Bandeirantes, onde poderá ser recebida pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Encontros
O MTST e os movimentos Periferia Ativa e Resistência Urbana também vão se encontrar com a presidente Dilma Rousseff às 16h, em Brasília. Eles foram convidados pela presidente e estão articulando a pauta porque "foram pegos de surpresa", dizem os representantes, que estudam as propostas de Dilma após o pronunciamento dessa segunda-feira, 24.
O estudante Caio Martins, 19 anos, do MPL, que teve um encontro com a presidente nessa segunda, afirmou que não houve um grande avanço na reunião. "Não tivemos muita resposta. Parece que houve um avanço porque a presidente falou que transporte é um direito social, e isso poderia ser um auxílio para a aprovação da PEC 90." A Proposta de Emenda Constitucional prevê a inclusão do transporte na Constituição como um direito social. "A gente espera que ela não chame só a gente, mas outros movimentos sociais para dialogar, como o Movimento Indígena, que há muitos meses está tentando marcar uma reunião."
Ao menos outras dez manifestações estão marcadas para esta terça-feira em todo o País. Em São Paulo No Estado de São Paulo estão previstos protestos em São José dos Campos, Ribeirão Preto Itatiba, Vargem Grande Paulista, São Carlos e Taboão da Serra. Os atos foram marcados pelas redes sociais.