O sargento Silva Barros, da Polícia Militar do Distrito Federal, foi baleado na quinta-feira (16) quando participava de um treinamento de rotina no 4º Batalhão no Guará 2, cidade próxima a Brasília. Ele recebeu um tiro nas costas de outro policial que também participava do treinamento. O sargento chegou a ser socorrido no Hospital do Guará, mas não resistiu ferimento.

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O chão molhado no pátio do batalhão era exatamente onde estava o grupo que participava de uma instrução de abordagem. Segundo a Polícia Militar, o treinamento é repetido sempre antes da tropa sair para as ruas.

Eram 19 policias em fila, comandados por um oficial e cumpriam ordem para tirar a munição das armas, que eram pistolas ponto 40, quando o disparo aconteceu. O funcionário de uma empresa próxima gravou o momento em que o sargento atingido está caído perto do carro. Ele é carregado pelos colegas para dentro da viatura. Um dos policiais gesticula desolado parecendo apressar a saída do carro.

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O sargento tinha 47 anos, 20 como policial, e deixou três filhos. Ele e o colega de quem teria partido o disparo trabalhavam juntos na mesma viatura havia três anos.

O chefe do departamento operacional da PM, o coronel Carlos Alberto Teixeira Pinto, explicou como o exercício teria ocorrido. "O policial estava retirando as munições de sua arma, porque todas as instruções são feitas dessa forma. E os policiais, o que foi atingido e o que atirou, estavam lado a lado e por algum motivo a bala entrou na parte de trás do seu corpo e transfixou até o coração", explica.

Ele informou que o policial envolvido está há 14 anos na corporação sem qualquer queixa profissional. Ele foi afastado das funções para acompanhamento psicológico e investigação pela corregedoria.

"As testemunhas estão sendo ouvidas, e o próprio autor se apresentou espontaneamente para prestar depoimentos. Todos os depoimentos serão confrontados e ao final o resultado será submetido a apreciação do poder judiciário a quem cabe julgar o procedimento adotado na hora pelo policial", completa