O Ministério da Saúde incinerou 2,3 milhões de frascos de vacinas este ano, que representa 1,72% do total distribuído desde 2023. A informação foi confirmada pela pasta à Gazeta do Povo.
Em princípio, o número de doses perdidas pode ter sido maior, porque um único frasco, dependendo do imunizante, pode conter mais de uma dose de aplicação.
Em nota, o ministério informou que a maior parte dos frascos são de vacinas da Covid-19, e apontou que isso se deve às “campanhas sistemáticas de desinformação que geram desconfiança sobre a eficácia e segurança do imunizante, impactando na adesão da população”.
A pasta disse que “para evitar desperdício e garantir proteção máxima, na compra da vacina contra Covid-19 deste ano, o Ministério da Saúde adotou inovações: entrega parcelada por parte do laboratório contratado conforme a demanda apresentada pela pasta e possibilidade de trocar pela versão mais atual aprovada pela Anvisa”.
Para enfrentar o problema do desperdício e adaptar-se à demanda, o Ministério da Saúde informou que adotado algumas medidas na compra de vacinas contra a Covid-19 em 2024 como a “entrega parcelada por parte do laboratório contratado conforme a demanda apresentada pela pasta e possibilidade de troca pela versão mais atual aprovada pela Anvisa”.
Diante da incineração de vacinas vencidas, alguns estados relatam desabastecimento dos imunizantes. A própria Sociedade Brasileira de Infectologia já alertou que o número de vacinas contra Covid-19 adquiridas pelo governo federal em 2024 é insuficiente para abastecer os postos de saúde espalhados pelo país, mesmo diante da baixa procura.
A escassez é maior entre as doses voltadas ao público infantil menor de 12 anos. No entanto, o Ministério da Saúde negou que haja uma “falta generalizada” e disse que houve um “desabastecimento momentâneo”.
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